Nobre admite que levou Blackstar ao Verdão sem ‘conhecimento suficiente’

Ex-presidente diz que apresentou o diretor da empresa, que ofereceu patrocínio que pode chegar a R$ 1,4 bilhão em dez anos, com a polêmica proposta debatida nesta semana

Paulo Nobre diz ter conhecido Rubnei Quicoli, diretor da Blackstar, em 2016
Nobre diz que conheceu Rubinei Quícoli, diretor da Blackstar, em 2016, quando presidia Verdão (Reprodução/Twitter)

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Em meio à polêmica proposta de patrocínio da Blackstar, que pode chegar a R$ 1,4 bilhão em dez anos, ao Palmeiras, Paulo Nobre resolveu se pronunciar. O ex-presidente do clube utilizou seu Twitter para admitir que apresentou Rubnei Quícoli, diretor da empresa, a Genaro Marino, vice-presidente e candidato da oposição na eleição do Verdão, que teve Maurício Galiotte reeleito no dia 24.

- No mês passado, o Senhor Rubnei me procurou durante a campanha presidencial na Sociedade Esportiva Palmeiras, logo após a Crefisa sinalizar que sairia caso o Genaro ganhasse a eleição! Expliquei que estava completamente afastado, mas que o apresentaria ao Genaro com a condição de que a proposta fosse para a Sociedade Esportiva Palmeiras e não para o candidato - escreveu o presidente do Palmeiras entre 2013 e 2016.

- Não tenho conhecimento suficiente para emitir qualquer opinião sobre o Senhor Rubnei nem tampouco sobre a empresa Blackstar, mas, como palmeirense, fico muito honrado e orgulhoso de grandes empresas verem no Palmeiras um parceiro comercial - prosseguiu Paulo Nobre.

Confira abaixo a sequência de mensagens do ex-presidente sobre o caso:

A Blackstar International Limited, empresa com escritórios na Ásia e com atuação no mercado de energia e bioenergia, foi levada por Genaro Marino, candidato da oposição, e oferece o pagamento de R$ 1 bilhão à vista no ato da assinatura por um contrato de dez anos, o que daria R$ 100 milhões por ano. Haveria, ainda, recursos acessórios que poderiam fazer o clube arrecadar R$ 1,4 bilhão de 2019 a 2029.

Na terça, Rubnei Quícoli, representante da Blackstar, reuniu-se com Alexandre Zanotta, diretor jurídico, e Gesner Guiguet, diretor de marketing. Após o encontro, Zanotta enviou a Quícoli um questionário com 19 perguntas sobre a interessada, a serem respondidas até essa sexta. De acordo com a ESPN, não foram enviadas as respostas, pois o estafe da empresa de Hong Kong não entende o motivo para desconfiança quanto à natureza do negócio.

A tendência é de que o clube mantenha a parceria com Crefisa e Faculdade das Américas (FAM). O contrato atual acaba no próximo dia 31 e deve ser renovado por mais três temporadas, até 2021. Os valores com as empresas que já estampam as marcas no uniforme estão bem adiantados.

Para ter a exclusividade de toda a roupa, Crefisa e FAM vão pagar algo em torno de R$ 80 milhões por ano, com as mesmas bonificações atuais: R$ 4 milhões para uma vaga na Libertadores, R$ 6 milhões pelo título paulista, R$ 8 milhões pelo da Copa do Brasil, R$ 10 milhões pelo Brasileiro (o clube recebeu este valor após a recente conquista) e R$ 12 milhões caso vença a Libertadores.

Há a possibilidade, ainda, de a patrocinadora participar do pagamento de parte dos salários de Ricardo Goulart, que está próximo de acertar por um ano. Crefisa e FAM são comandadas pela conselheira Leila Pereira e já bancam fatias dos vencimentos de Lucas Lima e Borja, por exemplo. Além disso, Leila é uma das figuras mais influentes na política do clube e muito próxima a Maurício Galiotte - foi, inclusive, uma das maiores defensoras de sua reeleição.

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