Mancini dá sua primeira entrevista como coordenador do São Paulo

Cartola do Tricolor explicou quais serão suas funções no dia a dia do clube e comentou sobre alguns temas pertinentes sobre mercado e formação do elenco são-paulino

Vagner Mancini atendeu os jornalistas que estão acompanhando o Tricolor nos Estados Unidos
Vagner Mancini atendeu os jornalistas que estão acompanhando o Tricolor nos Estados Unidos  (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Contratado para ser o novo coordenador técnico do São Paulo, Vagner Mancini deu sua primeira entrevista como funcionário do Tricolor. Nos Estados Unidos, o cartola detalhou algumas de suas funções no clube e também falou sobre temas pertinentes ao time comandado pelo técnico André Jardine.

Mancini será o elo entre o elenco e a diretoria. Além desse contato mais próximo com os jogadores e comissão técnica, o coordenador trabalhará com o departamento de análise de desempenho para identificar problemas físicos que o elenco possa vir a ter e, claro, analisar possíveis reforços para o Tricolor.

O dirigente viajou com a delegação para a Flórida e acompanhou a primeira sessão de treinos deste sábado. Por sua experiência como ex-jogador e também pelo seus trabalhos passados como técnico, a diretoria tricolor depositou confiança em seu trabalho.

Confira a entrevista coletiva de Vagner Mancini nos Estados Unidos:

Elenco do São Paulo 
- Vejo um time forte, fortalecido em relação a 2018. Tudo aquilo que você vê no futebol, às vezes a gente analisa uma equipe diante de nomes, diante de papel, e muitas vezes o segredo não está aí. Porque todo mundo tem bons jogadores. A chegada do Hernanes, a chegada de outros atletas, deu um corpo maior ao São Paulo, mas o dia a dia é que faz a diferença. Ter um ambiente bom de trabalho, onde o atleta se sinta capaz de realizar aquilo que ele pode, certamente vai ter êxito. Estou muito mais seguro em dizer que o dia a dia saudável te dá muito mais resultados do que simplesmente montar um bom time no papel.

Possibilidade assumir o comando técnico do São Paulo 
- A partir do momento em que sentamos para acertar o contrato, a primeira coisa que eu deixei muito claro é que não há a menor possibilidade de o Vagner Mancini assumir em qualquer hipótese. Porque a minha vinda para cá é exatamente para exercer uma função diferente, função de coordenação, para dar respaldo, para ajudar, dar respaldo, levar informação também a outros lados, ao lado da diretoria, ao lado de todos os setores que formam a estrutura do departamento de futebol. Então, não há a menor possibilidade. O Jardine tem o meu apoio incondicional, sabe disso. Até porque já conversamos bastante, inclusive antes do acerto ele me ligou, falando do seu desejo também que eu fizesse parte dessa equipe. As coisas estão muito claras, e tenho certeza de que vão ocorrer da melhor maneira possível.

Novo desafio na carreira 
- Um desafio, uma coisa nova. Eu que já estou há bastante tempo no futebol, como ex-atleta, técnico, e agora enfrentando um desafio. O que fez a diferença nessa escolha foi exatamente tentar entender o que São Paulo queria do Vagner Mancini e o que o Vagner Mancini vislumbrou nessa nova função dentro do São Paulo. Acho que o São Paulo tem a mentalidade de se fortalecer fora de campo. É importante quando você tem o investimento dentro de campo, que o atleta olhe para fora também e veja uma equipe forte também fora de campo. As atribuições estão voltadas para ser o elo entre diretoria, a parte executiva, que olha de uma forma muito macro, até chegar na comissão técnica. Quero dar o respaldo necessário a todos eles, para que possam fazer um excelente trabalho no dia a dia.

Atribuições no clube 
- Nada mais é do que agir e coordenar todos os setores do clube, para que todos eles possam dar a condição da comissão técnica exercer junto aos atletas aquilo que nós temos de melhor. A escolha do Jardine para ser o técnico do São Paulo já vem de encontro a uma padronização que existe dentro do clube. Eu vou atuar exatamente em cima disso, fazendo com que a base também esteja presente. Hoje, temos, além de um técnico que vem da base, atletas que vieram da base e que vão ter oportunidade neste ano. Essa integração faz com que meu papel seja fundamental. Eu também serei o elo dentro dessas funções, fazendo com que tudo fique muito simples de ser entendido no dia a dia e que a gente tenha resultados com isso.

Utilização das categorias de base
- A partir do momento em que o atleta chega no profissional, ele tem que ter o respaldo de uma estrutura que possibilite ele jogar. Nós sabemos a pressão que existe em cima de todos os clubes grandes por resultados, por conquistas e tudo mais. Mas é importante, quando o atleta chegar no profissional, que ele se sinta seguro para exercitar. E o clube também se sinta seguro para fazer com que esses atletas possam fazer parte do elenco principal. O São Paulo forma muitos jogadores. Ao longo desses anos, a gente tem visto vários atletas que se destacaram em outras equipes. A gente quer exatamente o contrário, que eles se destaquem dentro do São Paulo.

Participação na escolha das futuras contratações do São Paulo 
​- Faço parte de uma equipe que define uma série de coisas. A partir do momento em que sou consultado sobre tudo o que acontece dentro do clube voltado ao futebol, a coordenação técnica de futebol exige que minha opinião também faça parte de um grupo que vai analisar tudo sempre.

Relação com André Jardine 
- Não foi uma decisão fácil de ser tomada. A gente vinha falando há cerca de um mês, até que nós sentamos com a diretoria para que entendêssemos a função que seria feita. Diante disso, me senti muito mais seguro em fazer parte, porque eu vejo que há um espaço muito interessante, e quero dar para a comissão técnica, para o Jardine, aquilo que muitas vezes eu não tive na minha carreira. Interessante a gente falar sobre isso, porque é uma necessidade que o treinador às vezes tem, que essa informação chegue para a diretoria, e que as informações da diretoria também cheguem para o treinador. Por mais que a gente viva o futebol há muito tempo, a gente não consegue entender por que não há uma sinergia tão grande. Talvez seja essa peça que faça falta dentro de toda a estrutura do nosso futebol.

Interesse do Fluminense em tirar Nenê do São Paulo 
- Não estava a par ainda, mas vou checar a informação. É lógico que o mercado está de olho em vários atletas do São Paulo. Temos que analisar. O Nenê é um atleta importante dentro do sistema de jogo, um atleta que fez muitos jogos, tem alto índice de jogos, se levarmos em conta o fato da idade e do tanto que ele jogou. Você vê que é um atleta diferenciado. Eu, particularmente, tenho muita informação a passar e a conversar com o Nenê, porque tive oportunidade de jogar com o Nenê. Então, é uma amizade, uma relação de confiança de muitos anos. Certamente, hoje eu o vejo como uma peça fundamental. Lógico que vamos sentar e analisar tudo aquilo que surgir em termos de interesse de outras equipes.

Willian Farias, novo volante do São Paulo
- Fui consultado ainda pelo Jardine. Nós estávamos juntos no curso da CBF quando o Jardine me perguntou sobre o Willian Farias. Naquele momento, eu ainda não estava certo no São Paulo. Havia uma possibilidade, posterior a isso é que fizemos o acerto. Fui consultado, dei minha opinião. Acho que o Willian Farias tem tudo para ajudar o São Paulo, assim como outros atletas que estão aí também tiveram de certa forma uma consulta à minha pessoa em outras ocasiões.

Alexandre Pato 
- Mais um assunto também que surgiu hoje. Não estou a par ainda de tudo. Talvez, ao longo do dia a gente defina alguma coisa. Mas é um nome de peso, não tenha dúvida. Um atleta de destaque, que já jogou no São Paulo e que certamente vai ser analisado com muito carinho.

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