Brasileiro revela busca pelo terceiro título após fazer história no Bellator

Após se tornar campeão de duas categorias de peso no Bellator MMA, Patrício Pitbull revelou que vai em busca do terceiro cinturão e falou sobre diversos assuntos; confira

(Foto: Bellator MMA)
Patrício Pitbull é o atual campeão peso-pena e peso-leve do Bellator, e vai em busca de mais (Foto: Bellator MMA)

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Por Mateus Machado

Campeão de duas categorias no Bellator (peso-pena e peso-leve ), dono de inúmeros recordes na organização, considerado o maior lutador da história da franquia e muito mais. Você, caro leitor, estaria satisfeito se estivesse na posição de Patrício Pitbull? Orgulho dos seus feitos ao longo da carreira, o brasileiro vai em busca de mais.

Após derrotar o rival Michael Chandler e pouco mais de um minuto de luta no Bellator 221, no dia 11 de maio, e conquistar o título dos leves, Patrício agora quer o terceiro cinturão e já tem um alvo na mira: trata-se de Darrion Caldwell, detentor do cinturão peso-galo da organização. Em entrevista exclusiva à TATAME, Pitbull falou sobre o ousado plano, que consistiria em um trabalho árduo para chegar até os 61kg.

- No peso galo, o Darrion Caldwell vai fazer a revanche com o japonês Kyoji Horiguchi (no dia 14 de junho) e precisamos ver quem vai vencer. Não sabemos ainda se o japonês precisará defender o cinturão ou ele ficará vago (caso vença Caldwell), já que ele é atleta do Rizin. Temos que esperar, mas eu já solicitei essa disputa - revelou o potiguar.

Ao longo da entrevista, Patrício Pitbull ainda falou sobre a rápida vitória sobre Michael Chandler, o controle emocional ao enfrentar o americano, que derrotou seu irmão, Patricky, em duas oportunidades, o possível processo de descida para o peso-galo para ir em busca de um terceiro cinturão e mais.

Confira o bate-papo na íntegra:

-Rapidez para definir a vitória contra Chandler


Na semana da luta eu vinha batendo na tecla sobre isso, que estava preparado para lutar os 25 minutos, mas que ninguém se surpreendesse se a luta acabasse antes. E, na minha mente, eu ia acabar com ele da forma como aconteceu, com um direito por cima do jab. Dito e feito.

-Controle emocional com as provocações de Michael Chandler

Todo mundo sabe que fazia praticamente três anos que a gente vinha discutindo na internet. Após a segunda luta contra o meu irmão, ele disse que bateria na minha família inteira. Foi então que eu o desafiei. Precisei controlar as emoções, mas nos treinos eu já estava muito focado na estratégia de como bater ele. Na hora que precisar falar, nós falamos, na hora que é preciso concentrar, nós nos concentramos.

-Terceiro título na mira e superluta de Boxe

O resultado foi fruto de uma vida de treinos. Mas não me contento. Acredito que estou apenas no começo da caminhada. Mesmo estando na estrada há muito tempo, já que estreei no MMA em 2003, acredito que ainda consigo fazer muito mais na carreira. Estou mirando o terceiro título e quem sabe uma superluta no Boxe. Os próximos tempos vão definir tudo isso, mas estou muito motivado com o que vem pela frente.

-Processo de descida para o peso-galo mirando o terceiro título

A descida de peso (para os galos) seria igual a subida, como eu fiz para lutar na categoria até 70kg (Patrício é peso-pena). Foi um trabalho feito com tempo, não foi da noite para o dia que eu bati esse peso. Primeiro eu subi para 80kg com qualidade e depois fui descendo de peso gradativamente até chegar aos 70kg. Tive uma alimentação muito equilibrada, foi feito um trabalho super profissional para aumentar o meu peso. Não foi aquela de comer qualquer coisa para ganhar peso e chegar aos 80kg e depois descer. Foi um trabalho profissional e que exigiu muita disciplina. Para bater os 61kg, seria feito um trabalho com o mesmo profissionalismo. Só que seria um pouco mais dolorido, né? (risos). Para ganhar é um pouco mais fácil, mas para bater um peso menor do que estou acostumando, seria uma coisa mais regrada. Precisaria de uma adaptação também, de um tempo para fazer tudo certinho e não perder em desempenho na hora da luta. Teria que iniciar o camp com o peso mais baixo e fazer a descida gradativamente, para não sofrer. Mas, ainda assim, seria mais sofrido que o normal. As últimas duas vezes que eu bati o peso de 66kg, eu bati abaixo do limite da categoria. Então, isso indica que o meu corpo consegue descer um pouco mais para bater os 61kg. Seria histórico pegar esse terceiro cinturão. Já pedi ao Bellator, mas talvez eles tenham outros planos. Eles já anunciaram que em outubro inicia o torneio dos penas e eu estarei dentro. Eles falaram sobre o torneio em algumas entrevistas, ainda não fizeram o anúncio oficial, mas esse é o plano deles. Mas tem muita coisa para acontecer ainda. No peso galo, o Darrion Caldwell vai fazer a revanche com o japonês Kyoji Horiguchi e precisamos ver quem vai vencer. Não sabemos ainda se o japonês precisará defender o cinturão ou ele ficará vago (caso vença Caldwell), já que ele é atleta do Rizin. Temos que esperar, mas eu já solicitei essa disputa.

-‘Entrega’ do título quando o irmão estiver apto para disputá-lo

Eu realmente falei isso (que deixaria o título dos leves vago para o irmão, Patricky, disputar), mas meu irmão acabou de fazer uma cirurgia na mão. Todo mundo sabe que o cara que mais merece disputar o título é o meu irmão, ele vem de cinco vitórias consecutivas. E foram vitórias expressivas. O cinturão está comigo e pode ser que, caso eu deixe vago agora, o Bellator pegue dois caras que não mereçam disputar o título. Então, vou segurar. Se tiver algum desafio interessante, eu faço a defesa do título, se não tiver, eu deixo vago quando o meu irmão estiver apto a lutar. Porque, justiça seja feita, quem mais merece disputar o cinturão é o meu irmão. Agora quem dita as regras sou eu (risos). E acho que depois do meu irmão, quem vem com o maior número de vitórias é o Ben Henderson. Ele poderia o oponente do meu irmão nessa luta pelo cinturão. Seria uma boa disputa.

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