‘Se um dia surgir uma oportunidade, vou estar preparado’, diz goleiro Jean

Novo reforço do São Paulo crava que chegou ao clube para ajudar na defesa, mas não vai titubear caso apareça uma chance de bater faltas e repetir os gols de Rogério Ceni

Jean
Jean foi apresentado nesta terça (9) como reforço do São Paulo para os próximos cinco anos (Yago Rudá)

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O goleiro Jean foi apresentado como novo reforço do São Paulo para as próximas cinco temporadas. O jogador recebeu a camisa número 1 de Ricardo Rocha, coordenador de futebol do clube do Morumbi, e disse ter Rogério Ceni como um ídolo. Acostumado a bater faltas no Bahia, o arqueiro cravou que chega ao Tricolor para defender, mas se tiver a oportunidade de fazer um gol de bola parada não irá pensar duas vezes.

- A minha prioridade é defender. Ajudar atrás no que for possível. Quanto às faltas vou continuar treinando. Se um dia surgir uma oportunidade para bater vou estar preparado para assumir essa posição, afirmou o goleiro em sua primeira entrevista como jogador do São Paulo.


Jean foi comprado do Bahia por algo em torno de R$ 10 milhões e mais a cessão de parte dos direitos do meio-campista Régis para o clube nordestino. O goleiro é uma aposta do clube do Morumbi para as próximas temporadas e já treina com o restante do elenco desde a semana passada, quando a equipe se reapresentou ao CT da Barra Funda para o início da pré-temporada.

Apesar de ser uma pedida de parte dos torcedores, o reforço sabe que precisará desbancar Sidão para ser titular da equipe. A situação, no entanto, não preocupa o arqueiro, que sabe que terá espaço mais cedo ou mais tarde com Dorival Júnior e, neste momento, busca se entrosar o máximo possível com seus novos companheiros de trabalho.

- Não tem briga. Sidão terminou o ano muito bem no São Paulo. Fez grandes atuações, Mas a gente treina e respeita a decisão. Estou aqui para somar no que for, dentro ou fora de campo, cravou o camisa 1 do clube do Morumbi

Confira outros trechos da entrevista coletiva do goleiro Jean 

Há algum tempo circulou um vídeo seu batendo falta, fazendo o gol e se comparando ao Rogério Ceni. É uma prévia do que está por vir?
O Rogério é um ídolo para mim. Em 2016 viemos com o Bahia para o CT do Palmeiras, treinei uma falta, fiz um gol e fiz uma brincadeira. Foi até mal interpretado por me compararem a ele. O Rogério tem uma grande história aqui, uma linda história. Estou vindo para construir a minha no São Paulo.

O Rogério encerrou a carreira há dois anos, mas ainda nem um goleiro sequer conseguiu se firmar. Como você vê isso?
O Sidão terminou o ano muito bem, mas a torcida da não pegou uma referência de goleiro como o Rogério era. O Rogério construiu a história dele em anos. Quem está aqui tem que trabalhar bastante e buscar fazer sua história.

Uma das suas características é a qualidade com a bola nos pés. Em quais goleiros você se espelha?
Sou muito fã do Neuer e do Bravo. Hoje, o Ederson está fazendo um trabalho diferente no City.  Tem o Ter Stegen também. Gosto de observar esses nomes e aprender com eles.

A vontade de ser goleiro nasceu por indicação do seu pai?
Veio de berço. Meu pai pendurou uma luva no berço assim que eu nasci. Joguei um tempo na linha, então isso me ajudou a ter qualidade com os pés. Acompanhando meu pai foi fundamental para decidir ir para o gol.

Você demonstra muita personalidade. De onde veio isso?
Aprendi com meus pais, mas minha personalidade veio da minha história de vida. Já aprendi muito com a vida e a minha personalidade vem dos problemas que eu enfrentei lá atrás.

Quais foram esses problemas?
​Comecei a jogar com 18/19 anos como profissional no Bahia. Fomos jogar uma final da Copa Nordeste e eu falhei em um gol e não conseguimos reverter o resultado e perdemos o título. Tive personalidade para dar a volta por cima dentro do clube. Todos diziam que minha carreira tinha terminado ali.

No jogo contra o São Paulo no Morumbi, a torcida do São Paulo gritou seu nome. Conseguiu ouvir?
Estava concentrado na partida, mas consegui ouvir sim. Foram 60 mil torcedores e deu para ouvir bastante. Foi uma coisa que deixa a gente emocionado. Aquilo me motivou ainda mais para vir para o São Paulo.

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