Ranking da Copa do Mundo de nações de vela coloca Brasil na elite

Seleção Brasileira comandada por Robert Scheidt ocupa a 13ª colocação na lista e entra na divisão principal da SSL Gold Cup, que reúne os 24 melhores ranqueados na Fase Final

SSL Team Brazil manteve 100% de aproveitamento na Suíça (Foto: Gilles Morelle | SSL Gold Cup)
SSL Team Brazil terá o bicampeão olímpico Robert Scheidt no comando (Foto: Gilles Morelle | SSL Gold Cup)

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O Brasil conheceu na última segunda-feira sua posição no ranking da SSL Gold Cup, a Copa do Mundo de nações de vela, que será disputada pela primeira vez em 2022. O país ocupa a 13ª colocação em uma lista de 56 países que leva em conta o desempenho de seus velejadores em todas as classes possíveis, e com isso assegurou o direito de avançar diretamente à Fase Final do campeonato. A ideia da Star Sailors League (SSL) é eleger o campeão do mundo em um sistema de disputa semelhante ao da Fifa.

As 24 melhores equipes do Ranking de nações da SSL fechado nesta segunda avançarão diretamente para a Final Series, que será disputada entre outubro e novembro de 2022. As demais equipes classificadas de 25º a 56º terão que passar pelo Qualifying, no meio do ano, com datas a definir. 

A Grã-Bretanha lidera a lista, seguida pela Espanha, em segundo, e pela Austrália, em terceiro. O Brasil, embora seja considerado um dos fortes concorrentes na briga pelo título, conta com um número mais restrito de velejadores nas disputas distribuem pontos pelo mundo.

Apesar disso, o gerente da equipe brasileira Bruno Prada, medalhista de prata em Pequim-2008 e de bronze em Londres-2012 na classe Star, vê a posição do país com tranquilidade.

- Contam os cinco primeiros do ranking mundial de timoneiros e os dois primeiros proeiros. Com Martine Grael, Robert Scheidt, Henrique Haddad e Jorge Zarif, além da Kahena Kunze, conseguimos chegar nessa 13ª posição. Dos 56 países, já estamos entre os 24. A meta era ficar entre os 16. Nem acho bom sair entre os oito primeiros, pois é legal vir de um aquecimento com regatas - disse Prada.

O Brasil ainda deve fazer treinos antes do campeonato que vai decidir os classificados entre o nono e o 24º lugar. Os oito primeiros entram diretamente na disputa pela medalha.

- Importante conseguirmos patrocínios para unir essa galera. O Brasil foi muito bem no evento-teste do ano passado, quando ficamos em segundo, perdendo a final para a Croácia. Mostrou que o time tem grande potencial - completou o dirigente.

Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, o capitão do barco brasileiro Robert Scheidt celebrou a chance de assegurar a classificação para a fase decisiva. 

- É uma notícia muito boa para nossa equipe. É bom já termos conseguido entrar na Fase Final. Acredito que ainda teremos um período para treinar na Suíça durante o Verão, o que será importante para nossa tripulação se entrosar mais ainda, velejar junta o máximo possível. Estou bastante animado com esse projeto. No ano passado, fizemos um belo treinamento lá, com os atletas se entrosando, e vamos treinar ainda mais. Ter a chance de velejar as oitavas e quartas também será uma ótima oportunidade para seguirmos evoluindo como time - avaliou Scheidt. 

A SSL Gold Cup reunirá ao todo 56 nações entre os membros da World Sailing, para coroar, a cada dois anos, a melhor nação da vela. Como na Copa do Mundo de futebol, as primeiras rodadas de qualificação selecionam os times que avançam para as fases eliminatórias. Todas as regatas terão flotilhas de quatro barcos até as quartas de final. As equipes serão colocadas em chaves, com os oito primeiros colocados garantidos nas quartas-de-final.

Duas flotilhas de quatro barcos competem nas quartas-de-final para selecionar as quatro equipes que participam da única regata da Grande Final. O vencedor desta será coroado o campeão do mundo. 

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