Bandeira minimiza inquérito sobre transferências de Paquetá e Vitinho

Atual presidente do Flamengo destacou transparência nas transferências realizadas em 2018 e vê influência política na abertura da Comissão de Inquérito por parte do CoDe

Eduardo Bandeira de Mello
Eduardo Bandeira de Mello reforçou a transparência da gestão do Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

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As transferências de Vitinho e Lucas Paquetá, e seus respectivos valores, estão sendo analisados por uma Comissão de Inquérito aberta a pedido de Rodrigo Dunshee, presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo (CoDe). Possíveis irregularidades nas transações financeiras serão investigadas e uma série de dúvidas foram enviadas à atual gestão. As respostas são aguardadas pelo CoDe para os próximos dias, mas Eduardo Bandeira de Mello minimizou o processo.

Em entrevista ao site "Coluna do Flamengo", o atual presidente da Gávea dá a entender que a abertura da investigação tem motivação política - o pleito presidencial será realizado no dia 8 de dezembro. Rodrigo Dunshee é o vice da chapa encabeçada por Rodolfo Landim, oposição à chapa de Ricardo Lomba.

- Está claro para qualquer um que não tem absolutamente nada demais. Época de eleição surgem coisas desse tipo, insinuações maldosas e inconsequentes. Nem na venda do Paquetá, nem na compra do Vitinho, nem em nenhuma outra contratação do Flamengo, até mesmo em outros esportes, não tem nada que esteja fora das conformidades. O presidente do Conselho Deliberativo sabe bem disso (...) é uma oportunidade que ele tem para aparecer - afirmou.

Alguns dos questionamentos feitos pela Comissão de Inquérito são sobre os motivos do Flamengo deter apenas 70% dos direitos federativos de Lucas Paquetá, em quais condições os 30% restantes foram cedidos a terceiros e se a venda do meia por valor abaixo da multa rescisória estipulada em contrato (50 milhões de euros) e antes da abertura da janela de transferências se justifica.

O atual mandatário reforçou a "transparência" da situação, destacando que os fatos estão apontados nos balanços financeiros do clube da Gávea.

- O Flamengo tem 70%, e o jogador tem 30%. Não existe nada de errado nisso. Aconteceu inclusive quando o Wallim e o Landim, que hoje são da oposição, estiveram envolvidos nesse processo. Esse percentual de 70% consta no balanço, consta nas contas do clube. Está tudo absolutamente transparente.

Sobre a compra de Vitinho, junto ao CSKA, da Rússia, os questionamentos à atual gestão pela Comissão foram no sentido de entender se houve pagamento de comissão a terceiros e se foi obedecido o orçamento do clube, sem a antecipação de recebível em momento futuro e/ou invasão de mandato futuro.

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