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Valeu, ‘Presidente’! Escadinha dá adeus com vitória em Brasília

Aos 40 anos, Serginho sai de cena após vitória da Seleção no Mané Garrincha, com títulos, muita história para contar e merecidas homenagens. Já virou mito!

Escadinha
imagem camera(Foto: CBV)
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Lance!
Brasília (DF)
Dia 04/09/2016
10:50
Atualizado em 04/09/2016
14:00

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Quatro finais olímpicas consecutivas (ouro em Atenas-2004 e Rio-2016, prata em Pequim-2008 e Londres-2012). Dois títulos mundiais. Único líbero eleito o melhor jogador de uma Liga Mundial e de uma Olimpíada. Um currículo vitorioso e agora com um ponto final. Serginho Escadinha se despediu neste domingo da Seleção Brasileira.

No Estádio Mané Garrincha, em Brasília, com 40 mil pessoas, o líbero de 40 anos vestiu a Amarelinha pela última vez na vitória por 3 a 1 sobre Portugal, no segundo amistoso comemorativo ao recém-conquistado título olímpico. Com choro, com homenagens da torcida, da Confederação Brasileira e dos companheiros.

O 4 de setembro de 2016 marca o fim de uma era. Escadinha era o único remanescente das primeiras convocações de Bernardinho em 2001. Nestes 15 anos, o paranaense de origem humilde virou mais do que sinônimo de superação na vida. O empacotador, o office boy, o vendedor ambulante de produtos de limpeza, o sobrevivente da periferia de São Paulo que perdeu amigos para o tráfico de drogas simplesmente se transformou no melhor líbero de todos os tempos. Virou referência, espelho para os mais novos.

Ganhou o apelido de "Presidente" dentro da Seleção. E não deixa de ser uma ironia do destino ele deixar o cargo justamente em Brasília. Mas deixemos a política brasileira de lado...

Também não deixa de ser curioso o adeus ter acontecido em um estádio de futebol. Fanático pelo Corinthians, Escadinha usa a camisa 10 para homenagear Neto, destaque na conquista do primeiro título brasileiro do clube em 1990. Nas horas vagas, ele deixar de ser líbero e se transforma em jogador de várzea. Em alguns momentos precisou esconder até de Bernardinho que jogava, já que o treinador tinha medo de que ele se lesionasse nos campos de terra da capital paulista.

Sem a Seleção, terá mais tempo para se dedicar aos três filhos, aos familiares e aos cavalos, a outra grande paixão. seguirá jogando pelo Sesi "até o corpo aguentar". Mais um ou dois anos, creio.

Sérgio, Serginho, Escadinha, Escada, Presidente... Chame-o como quiser. Só não esqueça o exemplo de vida deste vencedor.

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