São Paulo inicia bem, mas faz parecer que 90 minutos é tempo demais

No primeiro jogo após a esperada pausa, Tricolor funciona bem com Pablo como referência. Time cai no segundo tempo, também pela ausência do camisa 9

São Paulo x Palmeiras
Tiago Volpi foi traído por desvio no gol de empate do Palmeiras - Foto: Marcello Zambrana

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O São Paulo fez um bom primeiro tempo, saiu na frente e poderia até ter feito mais gols, mas não conseguiu segurar a vantagem na etapa final e ouviu vaias da torcida. O cenário do empate por 1 a 1 com o Palmeiras neste sábado já foi visto outras vezes nesta temporada. O time faz parecer que a fase estaria muito melhor se os jogos de futebol não durassem 90 minutos.

Vamos começar pela parte boa. No primeiro jogo após a tão esperada pausa para a Copa América, com o homem de referência do qual Cuca tanto sentia falta (Pablo, voltando de lesão), o São Paulo jogou bem e foi muito superior ao bom time do Palmeiras, que já soma 33 pedidas sem derrotas em Campeonatos Brasileiros.

Com Luan entre os zagueiros, a saída de bola funcionava e o Tricolor avançava sempre com facilidade para sufocar o rival em seu campo. Os donos da casa chegavam a atacar com sete jogadores: Hudson, Tchê Tchê, Hernanes, Reinaldo, Antony, Pablo e Pato. Os homens de frente se mexiam, buscavam aproximações e faziam as chances aparecerem. Pablo aproveitou uma delas para inaugurar o marcador logo no começo. E dava para ter feito mais.

Seria ótimo para o São Paulo se fosse possível encerrar o jogo ali. O problema é que havia um segundo tempo a se disputar. E o time não conseguiu manter o ritmo. Um dos motivos, obviamente, é a qualidade do adversário: Felipão adiantou a marcação na saída de bola e transferiu o jogo para o campo de defesa do São Paulo, que não conseguia sair de trás.

A saída de Pablo, que machucou o tendão e deu lugar ao estreante Raniel no intervalo, também foi sentida. O camisa 9 tem a característica de jogar de costas para os zagueiros e segurar a bola no ataque, além de ganhar disputas pelo alto, fatores que seriam importantes naquele momento do jogo. Raniel até começou bem, exigindo boa defesa de Weverton após tabelar com Tchê Tchê logo em sua primeira jogada, mas, com o time muito recuado, participou cada vez menos.

A questão física também é uma assombração no Morumbi. Conforme o tempo vai passando, o São Paulo vai perdendo combustível. Pato já não tinha força para nada quando foi substituído por Toró, logo aos 25 minutos do segundo tempo. Hernanes, que fez boa partida, saiu aos 30 para que Igor Gomes pudesse dar mais fôlego à equipe. Não deu.

Todos esses fatores faziam o gol de empate palmeirense parecer mais provável a cada minuto. E ele acabou saindo em um lance de absoluto azar do São Paulo, aos 26, na bola de Dudu que desviou em Reinaldo e enganou Tiago Volpi, que fizera pelo menos três grandes defesas até ali. Justiça seja feita: apesar do recuo são-paulino, Weverton também foi exigido na etapa final, também com três grandes defesas.

O São Paulo perdeu a chance de diminuir a distância para o Palmeiras, que é de 11 pontos após dez rodadas. O time agora recebe a Chapecoense na segunda da outra semana, dia 22, às 20h.

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