Sem tempo hábil, Santos precisa se ‘reinventar’; veteranos decepcionam

Aos 17 anos, Yuri Alberto não pode carregar o peso de brilhar no meio da má fase geral do time. Pilar em 2017, Bruno Henrique tem dificuldades com fundamentos e frustra torcida

Ceará x Santos
LC Moreira

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A cada rodada do "pós-Copa" o Santos balança na linha tênue entre o sucesso e o fracasso. Os reforços chegaram, mas o time ainda tem lacunas. Algumas, inclusive, difíceis de serem preenchidas por personagens que não sejam os próprios jogadores. Um destes exemplos é Bruno Henrique. Destaque em 2017, não empolga na atual temporada e mostra dificuldade em lances simples de jogo, frustando a empolgação da torcida com seu futebol do passado.

O ataque, como conjunto, também não funciona. Em sete jogos, apenas um dos três gols foi marcado por um homem de frente. Alison, Jean Mota, Gabigol, Victor Ferraz... São outros que não empolgam. Embora, há de se ressaltar, Alison e Mota construíram jogada do gol de empate do Peixe em Fortaleza. 

Fato é que não será Yuri Alberto, aos 17 anos, a solução dos problemas. O garoto ainda está fase de adaptação no elenco profissional e não deve ter a responsabilidade de decidir jogos ou carregar o peso em uma fase ruim. Ao L!, em maio, chegou a admitir que não estaria pronto nesta temporada. Nem todos os Meninos da Vila são Rodrygo ou Neymar. O Rayo, inclusive, também vai oscilar. Como oscilou na última quarta-feira, contra o Ceará. Tais lacunas é que precisam ser preenchidas pelos "veteranos". 

O tempo nas próximas semanas será escasso. O Santos, agora de Cuca, precisará encontrar soluções na base da conversa e da força mental para, enfim, parar de flertar com o fracasso em 2018. Não há prioridade maior do que a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro e, neste momento, ela está ameaçada. Aos mais velhos, cabe a obrigação de chamar a responsabilidade. 

O caso no Peixe é curioso. Se Jair Ventura passou boa parte de seu período lamentando a falta de um meio-campo forte, agora Cuca, com os reforços à disposição, não tem tempo de entrosá-los com treinamentos. E pior, o ataque parou de funcionar e a defesa voltou a oscilar. A situação é preocupante nem por ontem ou anteontem. É preocupante há algum tempo. 

Em média, de acordo com dados do Footstats, o Santos precisa de 13 chutes a gol para balançar as redes. Somadas as últimas duas partidas na Série A do Brasileirão, apenas seis chutes certos - e só um deles terminou em gol. Nos sete jogos disputados no "pós-Copa" o único atacante a marcar um gol foi Gabriel, contra o Flamengo, após lindo lance de Rodrygo. Gustavo Henrique e Jean Mota foram os outros a marcarem. 

A esperança de dias melhores ao Alvinegro fica a cargo de Cuca, que já se mostrou criativo e disposto a inventar e testar até encontrar soluções dentro do elenco. Carlos Sánchez, titular nos últimos dois jogos, também é outro ponto que pode equilibrar a balança a favor do Peixe. Mostrou bom futebol e deve se firmar na equipe principal ao lado de Diego Pituca no meio-campo.

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