L! Espresso: Buraco fundo

Luiz Fernando Gomes analisa o balanço financeiro do Santos

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O Santos anunciou nesta terça-feira um superávit de R$ 79,7 milhões no terceiro trimestre do ano. Parece bom, mas ser bom é apenas uma meia verdade. As contas foram melhoradas por conta da venda de Thiago Maia ao Lille, da França, por R$ 37 milhões, além dos R$ 34 milhões como clube formador de Neymar, que o Peixe recebeu com a transferência do jogador do Barcelona para o PSG, em agosto. Essa é uma rotina da maior parte dos clubes brasileiros: a negociação de jogadores como fonte de renda indispensável para o equilíbrio financeiro. E, obviamente, não é o melhor caminho.

Perder ídolos e jovens promessas representa prejuízos do outro lado, receitas que só um time forte, competitivo e com estrelas podem assegurar. O Peixe teve déficit de R$ 43,5 milhões no primeiro semestre e certamente teria continuado nesse buraco não fosse esse dinheiro extra.

Não há mistério: só uma administração responsável, profissionalizada e com foco no equilíbrio e nos resultados, comprometida com a busca de receitas alternativas – como o faturamento nos dias de jogos, ações de marketing, negociação diferenciada dos direitos de TV e internacionalização das marcas, por exemplo - será capaz de reverter essa dependência no futebol brasileiro.

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