Veja cinco pontos fundamentais para a demissão de Roger Machado no Fluminense

Técnico viu time ser irregular, perdeu as principais qualidades do elenco e teve reforços que não renderam, o que aumentou a pressão cada vez mais

Roger Machado
Quem será o novo técnico do Fluminense? Roger Machado não é mais o treinador do clube (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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Roger Machado não é mais o treinador do Fluminense. Após a queda na Libertadores e com a soma dos resultados recentes, a diretoria optou pela mudança no comando da equipe. Além das derrotas recentes, pesou para a decisão o rendimento baixo apresentado pelo time, especialmente em partidas decisivas. Mesmo com um contrato longo firmado no início do ano, as expectativas não foram cumpridas.

Para o público que acompanha menos, o fato de o Flu ter chegado até as quartas de final da Libertadores e da Copa do Brasil, onde ainda irá jogar, pode querer dizer que houve uma superação. De fato, alguns resultados mostraram que havia pontos positivos. No entanto, o que se viu ao longo dos 42 jogos foi pouca evolução. Veja a seguir pontos que levaram à demissão.

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​Inconsistência

O Fluminense desta temporada não conseguiu fazer sequências de boas partidas. Na Libertadores, por exemplo, onde fez dois de seus melhores jogos (contra River Plate e Cerro Porteño), a equipe sempre chegou pressionada pelos resultados anteriores. Mesmo dentro dos 90 minutos, o time teve o costume de iniciar mal e melhorar após o intervalo ou então começar bem, como contra o Barcelona de Guayaquil, e piorar na segunda etapa.

Reforços não corresponderam

A vaga na Libertadores fez com que a diretoria abrisse mais espaço para a contratação de reforços. Ao todo, foram nove novos nomes para o elenco, mas apenas sete estrearam, já que Nonato e Jhon Arias ainda não entraram em campo.

Neste caso mostra-se que a culpa pelos maus resultados não está apenas sobre o treinador, já que Samuel Xavier foi o único a virar titular. Abel Hernández é reserva imediato para Fred, enquanto Manoel é a primeira opção em caso de ausências na zaga. Wellington vem sendo pouco aproveitado, assim como Raúl Bobadilla e David Braz. Cazares vive altos e baixos.

Pressão

Na última temporada, Odair Hellmann contou com o respaldo da diretoria quando o Fluminense foi eliminado da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Isso se deu porque internamente havia a ciência sobre a evolução do time, que no fim conquistou a vaga na Libertadores, mesmo com as cobranças da torcida por uma queda.

Neste caso, o nome de Roger Machado nunca chegou a agradar uma parte da torcida. Como não houve melhora no time, que perdeu algumas características que antes eram destaque, a pressão chegou na parte interna do clube.

Destaques em queda

Se na temporada passada o Fluminense teve a melhor dupla de zaga do futebol brasileiro, nesta a queda de rendimento foi expressiva. Seja por conta do esquema ou de uma má fase dos defensores, o que se viu foi uma equipe mais exposta. Tanto que o próprio Roger precisou promover duas grandes mudanças: primeiro com Caio Paulista e Gabriel Teixeira para tirar a sobrecarga dos volantes e nas últimas partidas com André na proteção.

Eliminação e resultados

Em dado momento da temporada, o Fluminense não jogava bem, mas tinha os resultados a seu favor. No entanto, nas últimas semanas nem os placares eram positivos, o que quase resultou na queda na Copa do Brasil para o Criciúma, da Série C do Brasileirão, e agora na eliminação na Libertadores. Havia quem defendesse que Roger fosse demitido antes da partida com o Barcelona de Guayaquil, mas a confiança interna ainda era forte.

Além dos mata-matas, no Campeonato Brasileiro o Flu faz campanha de luta contra o rebaixamento e pode até entrar no Z4 nesta rodada. A sequência será dura contra o líder da competição, Atlético-MG, além de concorrentes diretos na parte de baixo.

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