Fluminense: ‘Dor de cabeça’ com a lateral esquerda mostra que direção terá que reforçar o setor

Sob o comando de Fernando Diniz, posição foi a mais carente e problemática do time na temporada, com constantes improvisações e jogadores que não renderam o esperado

Caio Paulista, Cris Silva, Pineida e Calegari
Caio Paulista, Cristiano, Pineida e Calegari foram os nomes utilizados na lateral-esquerda do Fluminense (Divulgação/Fluminense)

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Ao longo do Campeonato Brasileiro, o Fluminense superou as expectativas com uma campanha consistente e assegurou a vaga na fase de grupos da Libertadores 2023. Com a chegada de Diniz, o time subiu de produção com o estilo de jogo de posse de bola e chegou a sonhar com o título. Contudo, uma posição deu 'dor de cabeça' ao treinador: a lateral esquerda.

A posição enfrenta críticas da torcida desde 2020, e o clube ainda não encontrou um nome que consiga ter atuações convincentes e ser incontestável. Ao longo desses três anos, Egídio, Danilo Barcelos e Marlon atuaram por ali, mas longe de agradar, tanto que já deixaram o clube carioca.

Reforços longe do ideal e sem regularidade

Para a atual temporada, a direção tricolor trouxe dois nomes que não conseguiram render o esperado. O primeiro deles foi Cristiano, que chegou em meados de janeiro, vindo Sheriff, da Moldávia, onde disputou a Champions League. Com contrato até o fim de 2024, o lateral não teve regularidade e, até o momento, ainda não convenceu a torcida.

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Mesmo com 34 jogos no ano, o atleta marcou apenas um gol e deu uma assistência. Em campo, oscilou bastante e, em determinados momentos, parecia em uma frequência diferente do time. Diante do Ceará, na última rodada, não conseguiu ser forte no apoio e deu espaços para o adversário.

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Além dele, o Fluminense apostou no mercado sul-americano e trouxe o equatoriano Mario Pineida, por empréstimo com opção de compra fixada, junto ao Barcelona de Guayaquil. O camisa 15, porém, não entregou a fama de 'pitbull' na marcação e teve pouco espaço com Diniz. Até o momento, foram 24 jogos e apenas uma assistência, e a tendência é que não permaneça para 2023.

Botafogo x Fluminense - Diniz e Caio Paulista
Diniz improvisou Caio Paulista (Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

Diniz apostou nos improvisos pelo setor

Mesmo com duas opções da posição, o treinador passou a utilizar a improvisação para tentar encontrar soluções para o setor. A principal delas foi escalar o atacante Caio Paulista na posição. O atleta foi o que mais atuou por ali e fez parte do melhor momento do time na temporada, quando chegou às semifinais da Copa do Brasil e sonhou com o título Brasileiro.

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Caio participou, até aqui, de 44 partidas, marcou dois gols e deu quatro assistências. No returno, caiu de rendimento e não conseguiu se manter entre os titulares por conta de lesões musculares. Uma das deficiências era na marcação ao deixar espaços pelo setor e ser mais forte no apoio. Sendo assim, perdeu espaço para mais outro atleta improvisado: Calegari.

O camisa 31 passou pela segunda improvisação da carreira, já que atuava como volante na base tricolor. Quando começou a jogar entre os profissionais, passou a atuar na lateral, porém, pelo lado direito. Desta vez, Diniz o deslocou para a esquerda e, quando começou a se encaixar na espinha dorsal, se lesionou.

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Em 2019, Diniz também improvisou um jogador que deslanchou na ala: Caio Henrique. Com tanto destaque, o atelta embarcou para o futebol do Velho Continente e assinou com o Monaco, da França. No último ano, deu 12 assistências e ficou atrás apenas de Vinícius Júnior (16), do Real Madrid, em todo continente. Desta vez, a experiência não tem funcionado.

Estatísticas - Reinaldo
Dados de Reinaldo pelo São Paulo (Foto: Rubens Chiri / São Paulo)

Tricolor de olho no mercado e Reinaldo em pauta

Dessa forma, o Fluminense sabe que terá que reforçar o setor para dar mais qualidade e segurança. O primeiro nome a ser ventilado é o de Reinaldo, que está em fim de contrato com o São Paulo, e tem futuro incerto para o próximo ano.Aos 33 anos, o atleta é visto como uma boa oportunidade de mercado e já trabalhou com Diniz.

Conforme a reportagem do LANCE! apurou, o clube paulista não deve entrar em leilão para estender o vínculo do atleta. Contudo, o lateral quer permanecer na equipe de Rogério Ceni na próxima temporada.

O jogador quer mais dois anos de contrato e um reajuste no salário. No entanto, a direção do Tricolor paulista ofereceu mais um ano com redução. Recentemente, o jogador ultrapassou Gustavo Nery com 32 gols e se tornou o lateral-esquerdo com mais tentos pelo clube.

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