Análise: A importância de Kaio Jorge no sistema de Cuca no Santos

Embora centroavante, prata da casa tem se movimentado bastante no setor de ataque, e diminuindo os espaços dos adversários

Kaio Jorge
Com a saída de Eduardo Sasha, Kaio Jorge ganhou a titularidade no Santos (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

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Na vitória do Santos por 3 a 1 sobre o Athletico-PR, no último domingo (16), pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, na Vila Belmiro, o atacante Kaio Jorge mais uma vez passou em branco em todos os sentidos, não deu assistência, muito menos marcou gols. Mas analisar a evolução do Peixe no decorrer do jogo, passa exatamente pela atuação do garoto de 19 anos.

O time dirigido por Cuca contra o Furacão mostrou variações táticas, mas seja quando segurava Alison e Diego Pituca na primeira faixa do meio-campo, ou atacava com Marinho, Sánchez, Pituca e Soteldo, era Kaio o atleta mais avançado. Isso poderia dar a ele uma condição de inoperância de só jogar se a bola chegar. Mas, o que aconteceu foi completamente diferente. .

Longe de ficar parado esperando a bola chegar, o camisa 19 foi extremamente importante ao diminuir os espaços dos defensores athleticanos na saída de bola. Embora, como já escrevemos, ele não tenha sido autor dos gols ou das assistências, ele iniciou as jogadas dos dois tentos marcados na etapa inicial, justamente apertando e destruindo o início das jogadas do time paranaense e as transformando em claras e manifestas chances de gol para o Alvinegro Praiano, que além de ser uma construção ofensiva real, ainda pegava a linha defensiva adversária desmontava, aumentando as chances de êxito.

Com Kaio Jorge em campo, Cuca dá alternativas para que o Peixe aumente o seu repertório de jogadas em um futuro, que ainda não chegou. Ainda assim, se manter a postura ele ainda potencializará os refúgios do time, Soteldo, em seu um contra um “mortal”, e Marinho, com o seu chute de média distância e velocidade na disputa com o marcador.

TIRA O PESO

Essa condição de diminuição da importância do faro artilheiro, tira das costas a responsabilidade de um menino já ser o goleador de um time como o Santos em um Campeonato Brasileiro, passando a ele a definição de um jogador tático, que reduz os espaços dos adversários e aumenta o território do seu time.

Em um esquema com dois atacantes, certamente Kaio Jorge seria o segundo homem, saindo da área e se movimentando por trás do “trombador”. Com ele de centroavante, a ideia passa a ser povoar os espaços ofensivos, reter a bola no comando de ataque, impedir a transição do adversário a sua zona ofensiva e encontrar opções para a criação de chances claras.

Cuca entendeu isso, e agora Kaio Jorge tende a ser muito mais do que o último homem ofensivo do sistema, mas o primeiro homem da marcação alta na saída de bola adversária.

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