Amparado por números, Vina briga pela titularidade no Ceará: ‘Quero fazer uma linda história nesse clube’

Em entrevista exclusiva, jogador explicou a disputa por uma vaga no meio de campo com Jorginho, sobre a origem de seu famoso apelido, e o momento do Vozão na temporada

jogador Vina, do Ceará.
Vina busca reencontrar o bom futebol e voltar a ser titular com a camisa do Ceará (Divulgação/Ceará)

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Um dos destaques do Ceará na última temporada, o meio-campista Vina perdeu espaço no time de Guto Ferreira e tem ficado como opção no banco de reservas. Apesar disso, o jogador tem bons números pelo Vozão e busca reconquistar uma vaga no time para o restante da temporada. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, ele fez um balanço desse momento e analisou outros pontos da carreira.

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Não sou insubstituível, mas sei do meu valor no clube. Vou procurar trabalhar e quando tiver oportunidade procurar dar o meu melhor que todos já conhecem


De acordo com os números, ele ainda é importante para a equipe, apesar das críticas sobre uma possível queda brusca de rendimento. Na temporada 2020, o atleta marcou 23 gols, deu 19 assistências em 59 partidas, e foi o principal destaque do Vozão.

- A verdade que sempre dei preferência ao Ceará. Pelo respeito, gratidão e pelo projeto não só da minha carreira mas a do clube também. Então tiveram muitas sondagens, mas nunca levei adiante até porque meu antigo contrato iria até dezembro de 2021 - disse o jogador sobre as propostas que teve.

Apesar disso, o atleta perdeu espaço nesta temporada e disputou 27 jogos com apenas 4 gols. Ao ser questionado sobre o atual momento, Vina disse que apesar da reserva, procura desenvolver o seu futebol da melhor maneira possível. Além disso, ele citou que a disputa por uma vaga no time com Jorginho só agrega ao clube. A equipe entra em campo neste sábado, diante do Athletico-PR, às 17h, no Castelão, pelo Campeonato Brasileiro.

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- Bom, como sabemos no futebol nem sempre são só vitória e glórias. A partir do momento que tive um ano muito bom a expectativa naturalmente é aumentada. Mas meu discurso não muda em relação ao ano passado. Futebol é coletivo e todos tem que assumir a responsabilidade. Não sou insubstituível, mas sei do meu valor no clube. Vou procurar trabalhar e quando tiver oportunidade procurar dar o meu melhor que todos já conhecem - frisou, e em seguida emendou.

- A disputa é boa e eleva o Ceará (Com Jorginho pela titularidade). Nos respeitamos e buscamos nossos espaços. Sabemos da dificuldade do nosso calendário então essa disputa agrega muito para o nosso clube e treinador - revelou o jogador.

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O Ceará foi eliminado na Copa do Brasil para o maior rival e também deu adeus a Copa Sul-Americana. Mesmo assim, o meio-campista acredita que a equipe possa tirar algo de positivo, pois terá brechas no calendário para se preparar para a sequência no Brasileirão. Com sete jogos sem perder na competição, os comandados de Guto Ferreira estão no melhor momento na temporada e buscam aumentar essa invencibilidade.

- Em breve teremos a famosa “semana cheia” (começou nesta semana) e isso vai dar pra descansar e trabalhar situações que as vezes com jogo final e meio de semana não tem como trabalhar. Em relação a Sul-Americana, foi um fato novo e histórico pro clube mas temos a consciência que podíamos mais. Deixamos pra última rodada, jogando contra uma equipe que sabe como é jogar na altitude e isso nos dificultou bastante. E pela Copa do Brasil acredito mais que foi nosso emocional e nosso rival soube aproveitar bem isso - disse.

Vina
Vina teve o seu melhor momento na temporada 2020 (Fausto Filho/Ceará)


Quando cheguei no Ceará, fui perguntado com qual número de camisa e o nome que colocaria, então resolvi inovar e colocar meu apelido de infância


O atleta nunca escondeu o desejo de um dia defender a camisa da seleção brasileira e atuar no exterior. No entanto, ele ressaltou a vontade de fazer uma bonita história no Vozão. Ao analisar a carreira, Vina também relembrou suas passagens por Fluminense e Atlético-MG, e explicou a saída dos dois clubes.

- Acho que uma coisa leva a outra. Tenho meus sonhos sim. Mesmo tendo 30 anos tenho o desejo de jogar fora do país e seleção brasileira é um sonho que vou levar até o último momento da minha carreira. Mas como disse que uma coisa leva a outra, meu foco hoje é totalmente no Ceará. Em poder sempre estar ajudando quando entrar em campo. Tenho certeza que tenho muito a ajudar o Ceará. Essa foi minha escolha: quero fazer uma linda história nesse clube - salientou, e completou.

- Foi um ano bem intenso (no Fluminense). Eu sei que fui injustiçado na época por fatores de contrato, mas hoje eu vejo que toda a minha entrega dentro de campo criou uma admiração dos torcedores. Fico muito feliz pelas mensagens que recebo dos torcedores do Fluminense. E me identifico bastante nos clubes onde eu passo, porque como sempre costumo dizer: quero representar o torcedor dentro de campo. Eu realmente visto a camisa e isso cria uma identificação bacana da torcida para comigo - afirmou.

- Tive uma passagem boa (no Atlético-MG). No melhor momento do clube no ano foi quando estava na titularidade. Mas acho que faltou algumas pessoas lá de dentro do clube acreditarem em mim. Então quando recebi a proposta do Ceará e a projeção para mim, achei melhor ir embora mesmo tendo mais um ano de contrato. Eu não tinha expectativa nenhuma das coisas mudarem pra mim. Mas hoje vendo de fora, muita coisa mudou lá dentro. E partir do momento que tem um planejamento qualificado os frutos são colhidos - concluiu.

Uma das maiores curiosidades dos torcedores é sobre a origem dos apelidos no futebol. Com isso, o jogador, de 30 anos, explicou de onde surgiu o Vina e relembrou um pouco de sua chegada ao Ceará.

- O Vina sempre existiu. Sou de Curitiba e lá a maioria dos Vinicius são apelidados de Vina. Mas era para os mais chegados, para os amigos de escola e até mesmo no futsal e base. Mas começou a ficar em evidência no Atlético MG, onde já existia um Vinicius então falei pra todos do clube que poderiam me chamar de Vina. Na camiseta preferiram deixar Vinicius Góes. Quando cheguei no Ceará, fui perguntado com qual número de camisa e o nome que colocaria, então resolvi inovar e colocar meu apelido de infância - finalizou.

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