Vinícius Júnior vai liderar comitê antirracista da Fifa a pedido do presidente Gianni Infantino

Convite foi feito em encontro com a Seleção Brasileira em Barcelona

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Vinícius Jr vai liderar comitê antirracista da Fifa (Joilson Marconne/CBF)

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O brasileiro Vinícius Júnior vai liderar um comitê especial antirracista da Fifa formando por jogadores com objetivo de propor punições mais rígidas para casos de racismo no futebol, assim como ocorreu com o atacante do Real Madrid na partida contra o Valencia, pela La Liga. O anúncio foi feito pelo presidente Gianni Infantino nesta quinta-feira (15).

Na ocasião, no dia 21 de maio, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, torcedores do Valencia promoveram gestos e insultos como 'macaco'. A partida ficou paralisada e só reiniciou após o sistema de som do estádio pedir para que a torcida parasse. O jogador quis deixar a partida, mas foi aconselhado a continuar até o fim, quando, nos minutos finais, em nova confusão, foi expulso por se defender de ataques recebidos pelos jogadores do Valencia.

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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, revelou à Reuters que, além das punições disciplinares do âmbito esportivo, a entidade vai buscar denunciar os atos racistas aos governos locais.

- Não haverá mais futebol com racismo. Os jogos devem ser interrompidos imediatamente quando isso acontecer. Já chega. Vamos implementar punições muito duras, não podemos mais tolerar o racismo. Como presidente da Fifa, sinto que precisava conversar pessoalmente com Vinicius sobre isso - disse.

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Os casos de racismo no futebol ocorrem em todas as partes, mas na Espanha há um destaque. Apenas na temporada 2022/23, Vinícius Jr. foi alvo em oito situações, mostrando uma perseguição dos espanhóis rivais ao brasileiro. O último acontecimento, contra o Valencia, foi estopim para que as autoridades passassem a tomar providências.

- Pedi ao Vinícius para liderar esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rígidas contra o racismo que serão posteriormente implementadas por todas as autoridades do futebol ao redor do mundo. Precisamos ouvir os jogadores e o que eles precisam para trabalhar em um ambiente mais seguro. Levamos isso muito a sério - falou Gianni Infantino.

- Ato de racismo é ato criminoso… A partir de agora, a FIFA vai entrar com ações legais também com as autoridades locais, vamos juntar as denúncias feitas na justiça local - completou.

A Seleção Brasileira vai enfrentar a Guiné, neste sábado (17), a partir das 16h30 (de Brasília), no Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona.

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