Record contrata para comentar Cariocão ex-árbitro que foi secretário de Crivella e Witzel

Gutemberg ficou marcado ainda por outra polêmica com a Fifa


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A nova dona dos direitos de exibição do Cariocão 2021 Record segue montando sua equipe para exibir as partidas. O novo comentarista de arbitragem, contratado nesta semana, é o ex-árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, que apitou nos anos 2000 o Brasileirão. Agora político, ele tem histórico como secretário do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella e do ex-governador do RJ Wilson Witzel.

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Gutemberg de Paula Fonseca
Gutemberg em cerimônia da Prefeitura do Rio (Marcos de Paula/Prefeitura do Rio)

Assim como a Globo faz na TV aberta, Gutemberg será um especialista em análise dos árbitros do Cariocão. Essa será a primeira experiência dele na televisão. A ideia da emissora e que ele se junte ao narrador Lucas Pereira e ao zagueiro de Vasco, São Paulo e Seleção Ricardo Rocha nas cabines. As informações são do Uol. A estreia da Record na competição será nesta terça-feira, às 21h30, na partida entre Flamengo e Nova Iguaçu.

Gutemberg ainda ficou conhecido, pouco após se aposentar, por uma polêmica. Ao pendurar o apito, em 2010, ele acusou a comissão de arbitragem da CBF, então chefiada por Sérgio Corrêa, de orientar árbitros para beneficiar o Corinthians no Brasileirão de 2010, o que foi investigado pela Fifa - não houve provas para solucionar a questão na época. Ele foi excluído do quadro de profissionais da arbitragem da principal entidade futebolística no mundo.

PASSADO NA POLÍTICA
A empresa publicitária do novo contratado da Record ficou conhecida por ter liderado a campanha do ex-governador do Rio Witzel. Em 2018, a agência coordenou uma comunicação que ficou marcada por um uma disputa eleitoral recheada de mensagens disparadas no aplicativo WhatsApp. Como político, Gutemberg se associou ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em 2016. 

O ex-juiz de futebol ainda foi nomeado, em 2019, para a Secretaria de Governo e Relações Institucionais, porém, deixou o cargo por ter rompido relações com Witzel. Cerca de dez meses depois, ele foi secretário municipal da Ordem Pública, onde também saiu em 2020 para assumir a campanha do então prefeito Crivella, que perdeu o pleito pela Prefeitura do Rio.

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