Apontado como vilão, Odair terá que mudar convicções para recuperar prestígio no Fluminense

Tricolores criticaram as escolhas do treinador diante do Unión La Calera. Eliminação é tratada como vexame, já que o time jamais caiu na primeira fase da Copa Sul-Americana

Fluminense x Flamengo - Odair Hellmann
Odair Hellmann sofre pressão por parte da torcida, mas segue com respaldo no clube (Lucas Merçon/Fluminense)

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O técnico Odair Hellmann foi apontado pelos torcedores como o grande vilão da eliminação do Fluminense na Copa Sul-Americana. O treinador foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, recebendo diversas críticas pelo empate sem gols diante do Unión La Calera. O fracasso no Chile coloca bastante pressão no trabalho do profissional, que, a princípio, segue prestigiado no cargo.

De fato o Fluminense, que precisava vencer ou empatar por 2 a 2 em diante, foi bastante apático, criando pouquíssimas chances de fazer gols. A falta de ousadia também foi motivo para críticas, já que Odair Hellmann escalou a equipe com Yuri e Henrique, volantes que contribuem pouco nas ações ofensivas, dificultando o jogo Tricolor que enfrentou um verdadeiro ferrolho, com o Unión La Calera indo a campo com três zagueiros.

Hudson, Yago, Dodi e até mesmo Ganso um pouco mais recuado, seriam peças mais interessantes para furar a retranca. Se não bastasse a escalação um tanto quanto defensiva, o treinador também se manteve burocrático nas substituições, tirando Marcos Paulo e Caio Paulista para as entradas de Ganso e Michel Araújo, que entraram aos 13 e 23 minutos do segundo tempo. Um dos volantes, que no caso foi Henrique, só foi sacado do time quando faltava 10 minutos para o fim do tempo normal.

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A escolha por Matheus Alessandro, preterindo o meia Miguel, também não se mostrou acertada, já que o jovem é o líder de assistências para finalizações do time na temporada. O jogador que vinha sendo titular, não joga há três partidas. Apesar do vexame, Odair Hellmann reconheceu que é necessário melhorar a contundência na parte ofensiva, podendo mudar algumas convicções que apresentou neste início de trabalho à frente do Tricolor.

- Precisamos melhorar ao enfrentarmos adversários que baixam a linha de marcação. Precisamos ter o domínio, ter a posse, mas precisamos ser mais contuntentes, mais definidores, incomodar mais o goleiro adversário. Criamos três ou quatro situações perigosas, de chance de gol. Mas com esse volume de passe e posse, precisamos criar mais, para incomodar mais. Porque, senão o time adversário vai se sentindo confortável dentro do confronto e foi o que aconteceu.

Ao cair na primeira fase da Copa Sul-Americana, situação que aconteceu pela primeira vez, o Fluminense deixou de receber US$ 300 mil (cerca de R$ 1,2 milhões) de premiação, péssima notícia para um clube que convive com crise financeira.

TRAUMA A SER SUPERADO


Nem o Fluminense e tampouco Odair Hellmann possuem tempo para lamentar a eliminação da Copa Sul-Americana. Afinal de contas, quarta-feira que vem, o Tricolor entra novamente em campo em uma partida decisiva e eliminatória. Dessa vez pela primeira fase da Copa do Brasil, quando enfrenta o Moto Club, no Castelão, em São Luís, Maranhão. O Tricolor tem a vantagem do empate para seguir na competição.

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