No comando do Corinthians há cinco meses, Sylvinho prepara time versátil ao testar e projetar improvisações

Técnico exalta conhecimento do elenco alvinegro adquirido neste período de trabalho para  defender suas opções para a equipe e incentivar atletas a atuarem em diferentes posições

Sylvinho e Doriva - treino do Corinthians
Sylvinho e Doriva defendem improvisações para formar um elenco mais versátil (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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No dia 25 de maio deste ano, Sylvinho comandou o seu primeiro treino como técnico do Corinthians. Cinco meses depois, o treinador inicia nesta terça-feira a preparação da equipe para enfrentar a Chapecoense, na próxima segunda, às 21h30, na Neo Química Arena, confiante de que poderá resistir à forte pressão que enfrenta no cargo e também sem medo de seguir colocando em prática as suas convicções, que o motivam a formar um elenco com jogadores versáteis.

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Criticado por muitos torcedores corintianos nos últimos tempos pelas substituições que promove na equipe durante os jogos e também por algumas opções em suas escalações, o comandante surpreendeu ao mandar a campo Adson contra o São Paulo e depois Vitinho diante do Inter. Nestas partidas, eles foram escolhidos para o lugar do lesionado meia-atacante Willian, mas acabaram sendo substituídos por Gustavo Mosquito no segundo tempo.

E na etapa final deste último confronto do Campeonato Brasileiro, no estádio Beira-Rio, Sylvinho promoveu também ajustes táticos no Corinthians, deslocando Róger Guedes para jogar no setor esquerdo do ataque, adiantando Renato Augusto para atuar como um falso camisa 9 na frente e ainda passando Gabriel Pereira para desempenhar a função de meia-direita.

Com este novo desenho tático, o Timão buscou uma virada por 2 a 1 no placar e só não deixou Porto Alegre com uma vitória porque o Colorado empatou o jogo com um gol nos acréscimos do tempo normal, aos 47 minutos. Porém, a igualdade por 2 a 2 com sabor amargo não impediu o comandante de defender as suas opções, que ele diz estarem alicerçadas no conhecimento adquirido em relação ao seu elenco durante estes seus cinco meses de trabalho no clube.

- Quando falo dos cinco meses que fiz, do quanto se gasta (de tempo) no CT com cada atleta, com o grupo, isso se reflete. Até descobrir onde estava o Gabriel Pereira, que ele faz pelo lado direito, mas que ele faz a meia-direita. O Renato (Augusto) se reintegrou ao Corinthians, pode fazer um meio-campo, mas podia fazer esse centroavante falso, com retenção (da bola no ataque). Róger (Guedes) começou dentro e começou fora, onde faz muito bem (sua função ofensiva). Isso é conhecimento de elenco, de atletas, esse é o tempo que muitas vezes os treinadores pedem (para trabalhar) - disse Sylvinho.

TESTES E IMPROVISAÇÕES DEVEM CONTINUAR

E nesta entrevista coletiva que concedeu após o confronto no Beira-Rio, o treinador deixou claro que está disposto a continuar promovendo algumas improvisações e incentivando os seus jogadores a estarem prontos para desempenhar diferentes funções em campo, conforme sejam necessárias.

- Se pode continuar? Isso dá clareza para o futuro. É você entender os atletas, e eles também te entenderem. Nosso ambiente é muito bom e a gente conversa muito com os atletas para poder otimizar, para ganhar tempo e colocá-los nas funções - destacou Sylvinho, para em seguida comentar as mudanças promovidas na equipe durante o confronto com o Internacional.

- No segundo tempo nossas alterações foram muito boas, e defendo Fernando Lázaro (analista de desempenho) e Doriva (auxiliar técnico), que trabalham muito em cima de improvisações do jogo. E criamos uma situação muito favorável no jogo e de repente para o futuro. Pode-se usar? Pode-se usar dentro de um futuro próximo - avisou o treinador.

DU QUEIROZ, EM ALTA COM TÉCNICO PELA SUA VERSATILIDADE

Escalado na lateral direita como substituto do suspenso Fagner contra o São Paulo, Du Queiroz, que é volante de origem, entrou no time corintiano no lugar de Gabriel no decorrer do segundo tempo da partida contra o Inter. Ele já havia sido elogiado por Sylvinho por sua atuação no clássico, apesar da derrota por 1 a 0 no Morumbi, e agora teve sua versatilidade exaltada como grande virtude.

- Du Queiroz entrou numa função que pode fazer, entrou bem. Gabriel tinha um cartão amarelo, nos preocupava, já tinha tirado o pé para não ser expulso, e aí fizemos as duas substituições. Du entrou e respondeu. Ele pode ser lateral-direito, pois tem de origem na base todos os conceitos defensivos, e que no final do amador foi meio-campista, como primeiro (homem do setor), como entrou hoje (no domingo). Ou pode fazer como terminou (com a entrada de Xavier), pelo lado direito, atuando como um meia - analisou o comandante.

- Um atleta completo, com boa parte física, uma qualidade técnica para a função e um atleta com muita personalidade, que encara os jogos da mesma forma. Um atleta forte emocionalmente, que fez um grande jogo também - continuou Sylvinho, feliz com o curinga que tem à disposição no seu elenco.

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