Camacho entende volta dos jogos com portões fechados: ‘Vai ter que ser assim ou não vai ter futebol’

Volante do Corinthians, em entrevista para a Rádio Transamérica, na última terça-feira, disse que se quiserem que o futebol volte, terá de ser sem torcida nos primeiros meses

Camacho tem sido titular absoluto no meio de campo do Corinthians
Camacho tem sido titular do Corinthians sob o comando de Tiago Nunes (Foto: Daniel Augusto Jr./ Ag. Corinthians)

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O retorno das competições no Brasil ainda não tem data definida, nem mesmo a volta das atividades nos clube tem previsão, no entanto, jogadores já começam projetar como será quando isso acontecer. Camacho é um deles e mostrou ter opinião forte sobre o tema. Em entrevista à Rádio Transamérica, na última terça-feira, o volante do Corinthians entende que se quiserem que o futebol volte, todos terão de aceitar que, a princípio, seja sem público.

Para o meio-campista, jogar de portões fechados não é bom, mas se isso tiver que ser feito para que o retorno aconteça de forma gradativa, terá que haver o apoio de todos, caso contrário há o risco dos jogos demorarem ainda mais para serem realizados novamente. No momento, é um mal necessário.

- O último jogo que a gente teve, contra o Ituano, foi de portões fechados e não é a mesma coisa. Acho que futebol é feito para torcida, ainda mais a torcida do Corinthians, que sempre nos ajuda muito, sempre lota os estádios e o futebol é feito para eles. É muito complicado responder isso, mas acho que no começo vai ter que ser assim (portões fechados), ou é assim, ou não vai ter futebol. Nos primeiros meses vai ter que ser sem torcida, é chato para o jogador, mas é do jeito que vai ter que acontecer por tudo isso que a gente está passando.

Embora já pense nas medidas que podem acontecer quando o futebol retornar, Camacho acredita que ainda não está no momento de pensar nessa volta, uma vez que as indefinições das autoridades e a pandemia de coronavírus longe de ser controlada no estado e no país, dificilmente as atividades serão normalizadas em um curto espaço de tempo.

- Por ser uma coisa nova para todo mundo, ninguém está sabendo como lidar, ninguém sabe explicar o que vai acontecer e na minha opinião é muito difícil de voltar agora. São Paulo ainda está em estado de pandemia, cada dia que passa tem mais mortes, mais situações, então acho que dia 1º (de maio) vai ser muito difícil de voltar. A gente quer voltar, lógico que a gente quer estar sempre em campo treinando, mas acho que vai ser difícil.

O volante também tentou imaginar uma maneira de fazer com que os treinos no CT Joaquim Grava possam ser retomados, quando os jogadores voltarem de férias (1º de maio) ou quando acabar a quarentena em São Paulo (dia 11 de maio). Mesmo assim, ele não vê alternativas quando as atividades começarem a envolver contato. Segundo ele, o risco de contaminação continuará.

- Poderia (voltar a treinar) se dividisse o grupo, eu li alguma coisa sobre isso, poderia dividir o grupo em alguns turnos, treinar com um grupo menor de pessoas, aí poderia evitar alguma coisa nesses primeiros dias que vai ser de novo uma pré-temporada, mas depois que for para o campo não dá para evitar - refletiu antes de completar o raciocínio:

- Isso (evitar o contato) não é possível na hora do treino, na hora em que estiver treinando com bola, em campo, é impossível, por isso que a gente tem que voltar no momento mais seguro, mas manter a distância jogando futebol não dá nem para imaginar como seria - concluiu.

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