Psicólogo do Botafogo elogia Honda: ‘Tem comportamentos que não são próprios para nós’

Apesar do pouco tempo juntos, Paulo Ribeiro analisou as ações fora de campo do japonês como positivas; profissional também ressaltou observação dos atletas durante a pandemia

Honda - Botafogo
Honda em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Mesmo meses depois de sua chegada, Keisuke Honda segue impressionando dentro do Botafogo. O japonês foi alvo de elogios de Paulo Ribeiro, psicólogo do clube. Em entrevista feita ao canal "BrauneFogo", na última terça-feira, o profissional afirmou já deu para perceber que o meio-campista é diferenciado.

- Foi pouco espaço de tempo ainda para me relacionar com ele, claro. Não tenho tantos dados. Não consegui fazer a anamnese dele. Falei com ele ontem pelo WhatsApp, e ele disse que estava bem e quer que tudo volte ao normal para jogar logo. Mas o que eu posso dizer é que a importância dele vem do ponto de vista educacional - afirmou.

Para Paulo, Honda se destaca por trazer um comportamento que não é visto com costume entre os jogadores brasileiros. Na opinião do psicólogo, isto pode ser uma boa influência ao vestiário do Botafogo.

- É um atleta que já demonstrou que tem alguns comportamentos que não são próprios para nós. O jogador de futebol brasileiro, todo mundo resolve tudo pra ele. Até mesmo o copo de água que ele usa, alguém vai lá e joga no lixo. O Honda vai lá e joga aquele copo no lixo. Eu quero que isso seja elucidativo para uma mudança no nosso comportamento - completou.

Paulo também aproveitou para fazer uma comparação entre o trabalho de um psicólogo do dia a dia com a sua função dentro do Botafogo. No esporte, o profissional deve acompanhar os atletas a todo instante. 

- É preciso diferenciar o psicólogo do esporte do que temos normalmente, no dia a dia. O psicólogo vai ouvir o que você tem a dizer em uma consulta, dentro de uma sala. O psicólogo no esporte faz o caminho contrário. O tapete que decora a sala do psicólogo do futebol é feito de grama. Ou seja: nosso trabalho é no campo. Estar junto com eles (jogadores) o tempo todo, observando seus comportamentos e trabalhando o psicológico na prática, no treinamento diário - analisou.

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