Confiança no trabalho e união do grupo: Vasco se prepara para disputar seis finais e evitar a queda

Temporada chega à reta final e Brasileirão terá um mês recheado de emoção. Gigante da Colina tem 24% de chance de rebaixamento e terá confrontos decisivos em sequência

Treino - Vasco
Vasco terá pela frente duelos contra: Bahia, Flamengo, Inter, Fortaleza, Corinthians e Goiás (Rafael Ribeiro/Vasco)

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A conturbada e atípica temporada chega à reta final e o Brasileirão terá um mês recheado de emoção. Com o término programado para o dia 24 de fevereiro, as seis rodadas que restam prometem, apesar da ausência da torcida nos estádios. Para isso, Vanderlei Luxemburgo prepara o Vasco para seis finais, um campeonato à parte como ele intitulou em sua chegada ao clube no início do ano.

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Com um discurso focado em tirar a equipe da famosa zona da confusão, o treinador reassumiu o Cruz-Maltino e trouxe elementos que podem ser essenciais na disputa. Aumentou a confiança no trabalho, fazendo com que os jogadores acreditem mais no potencial do time. Somado a esse elemento, a união do grupo foi trabalhada nestes últimos dias em Atibaia, São Paulo. 


- A relação com o Vanderlei já é construída desde a temporada passada. Quando chegou o momento era mais ou menos parecido com esse, porém ele chegou mais no início do Brasileiro. E teve mais tempo para colocar em prático tudo aquilo que imaginava e que precisava para fortalecer as lideranças que precisam ser fortalecidas. Esse é um momento que essa parceria que traz essa identificação, onde ele já conhece o grupo lá de trás, precisa ser mais prática e certeira. São poucos jogos que temos, e ele chegou num momento muito delicado. Ele trouxe bastante segurança, confiança, validou a liderança - disse Fernando Miguel.

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Nas últimas partidas, o Gigante da Colina teve duas boas atuações diante de Atlético-MG e Palmeiras, rivais que se encontram na parte de cima da tabela. E o comandante resolveu ficar em terras paulistanas e organizar um churrasco com direito a samba no dia da folga dos atletas. Segundo Luxa, essa confraternização não fará o time vencer os jogos, porém serve para unir o grupo.

- Isso não determina que vai ganhar ou perder um jogo de futebol. Os jogadores são seres humanos e, como tal, têm hora de lazer e de responsabilidade. Na quarta, na folga, promovi um churrasco no hotel, só a gente. E peguei um grupo de pagode de um amigo meu e trouxe aqui para tocar. Foi um momento ali, um churrasco e uma cervejinha... Aí você vê a reação das pessoas "poxa, fez churrasco com o time nesse situação". São seres humanos, temos de tentar agrupar ao máximo, ficarmos mais próximos - disse Luxemburgo.

- Fiz no Rio, em uma pizzaria, com jogadores e suas famílias. Assim, você começa a integrar e agregar. O ganhar ou perder depende da responsabilidade. Nunca faria o churrasco na véspera do jogo, nunca liberaria a cerveja na véspera. Isso seria responsabilidade. Depois, o treino comeu duro pois o jogo de domingo é importante. As pessoas que saiba discernir, isso é coisa do passado, é uma bobeira. Teve gente que disse que era por isso que os brasileiros estão ultrapassados. No Real, se tinha essa obrigação de se reunir uma vez por mês - acrescentou.

Diante disso, nos dois dias seguintes, o trabalho foi intenso e com muito foco e disposição. Quando Luxemburgo chegou, ele ressaltou que eram 12 finais para permanecer na elite do futebol brasileiro. Em seis partidas, foram oito pontos conquistados, com uma boa reação, porém deixou pontos pelo caminho em confrontos diretos. Segundo o site 'Infobola', o Cruz-Maltino tem 24% de chance de ser rebaixado.

Para os seis jogos finais, o desempenho tem que ser igual ou superior, já que a pontuação para se salvar costuma ser acima de 42 pontos, conforme a lista das notas de corte dos últimos dez anos. Entre esses jogos, o time terá pela frente três confrontos diretos, os famosos jogos de seis pontos: Bahia e Goiás, em São Januário, e o Fortaleza, no Castelão. 

Paralelo a isso, o Vasco enfrentará dois adversários que lutam pelo título: Flamengo e Internacional, e o Corinthians, que sonha em voltar à Libertadores. A fase é boa, o time carioca não perde há dois jogos e a mudança de postura em campo é nítida. Porém, o momento é crucial para o futuro financeiro e esportivo do clube em 2021. Não há mais espaço para tropeços como aconteceu diante do Coritiba.

Confira a nota de corte dos últimos dez anos do Brasileirão

2019: nota de corte 39 pontos
2018: nota de corte 43 pontos
2017: nota de corte 43 pontos
2016: nota de corte 45 pontos
2015: nota de corte 43 pontos
2014: nota de corte 40 pontos
2013: nota de corte 45 pontos
2012: nota de corte 45 pontos
2011: nota de corte 43 pontos
2010: nota de corte 42 pontos

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