ANÁLISE: Vasco aposta em jogadores emprestados para ‘driblar’ problemas financeiros
Gigante da Colina acertou com cinco reforços nesta janela

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O Vasco da Gama concluiu a janela de transferências do meio de 2025 com uma estratégia baseada na cautela financeira, apostas em empréstimos e movimentações pontuais para reforçar setores carentes do elenco. Comandado por Admar Lopes, o departamento de futebol priorizou contratações de baixo custo, evitando grandes investimentos, em função das conhecidas limitações financeiras do clube.
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Reforços: custo zero, juventude e empréstimos estratégicos
O primeiro reforço foi o experiente volante Thiago Mendes, contratado sem custos após deixar o Al-Rayyan, do Catar. Com 33 anos, o atleta foi o mais experiente contratado pelo Gigante da Colina nesta janela. Até o momento, não conseguiu engranar e ainda busca a melhor forma física.
Na sequência, o Vasco investiu em nomes mais jovens, como o ponta colombiano Andrés Gómez, de 22 anos, que chegou por empréstimo vindo do Rennes, da França, e já mostrou serviço ao dar uma assistência logo na estreia. Outro reforço foi o volante Barros, que retornou do América-MG após o clube carioca conseguir antecipar o fim do empréstimo sem pagamento de multa.

A reta final da janela foi marcada por um esforço da diretoria para reforçar o setor defensivo, alvo de críticas constantes da torcida. Chegaram por empréstimo o meia Matheus França, ex-Flamengo e atualmente vinculado ao Crystal Palace, além dos zagueiros Robert Renan (Zenit) e Carlos Cuesta (Galatasaray), este último uma das principais contratações da janela. Houve tentativas por outros nomes para a zaga, mas sem avanços significativos.
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Rayan fica, por enquanto
Outro movimento importante da janela foi a permanência do atacante Rayan, destaque da base e joia do clube. Mesmo diante de constantes sondagens do futebol europeu, o Vasco conseguiu manter o jogador até o fim do ano. A diretoria ainda trabalha na renovação de contrato com o atleta, visando valorizá-lo e garantir uma eventual venda mais lucrativa no futuro.

Saídas: vendas que aliviam o caixa
Além das contratações pontuais, o Vasco também se destacou nas negociações de saída durante a janela, movimentando o mercado e garantindo receitas importantes para os cofres do clube. Um dos principais nomes a deixar São Januário foi João Victor, vendido ao CSKA Moscou, da Rússia. A negociação foi impulsionada por um pedido do próprio jogador, que vinha sendo alvo frequente de críticas da torcida.
Outro que se despediu foi o zagueiro Luiz Gustavo, revelado na base cruz-maltina, que foi negociado com o Bahia. O atacante Erick Marcus, que estava emprestado ao Ludogorets, da Bulgária, teve sua opção de compra exercida pelo clube europeu, confirmando sua permanência definitiva fora do país.
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Já o atacante Figueiredo foi vendido ao Alverca, de Portugal, em uma transação em que o Vasco manteve 50% dos direitos econômicos, de olho em uma valorização futura do atleta no futebol europeu.
Por fim, dois volantes deixaram o elenco por empréstimo: o argentino Juan Sforza, que teve poucas oportunidades, foi cedido ao Juventude, enquanto o jovem Lucas Eduardo foi emprestado ao Avaí, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro, em busca de mais minutos em campo e desenvolvimento profissional.

Balanço final: prudência e reconstrução
A janela do Vasco não foi marcada por grandes nomes ou investimentos altos, mas sim por uma estratégia de contenção de gastos e reconstrução do elenco. O clube buscou reforços pontuais, priorizou a base contratual de empréstimos, evitou endividamento e ainda conseguiu gerar receita com vendas.
Se por um lado a diretoria foi criticada por certa demora em atacar as principais carências do time, por outro, demonstrou responsabilidade ao não ceder à pressão por contratações caras que comprometessem o equilíbrio financeiro do clube.
Com o elenco reforçado e a permanência de peças importantes, como Rayan, o desafio agora é dentro de campo: Fernando Diniz terá de integrar as novas peças, melhorar o desempenho coletivo e recolocar o Vasco em uma trajetória mais estável no Campeonato Brasileiro.
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