A dolorida derrota de Bia Maia em Roma em sua maior campanha no saibro

Coluna analisa a derrota de Bia Maia e no que essa queda pode impactar no futuro próximo

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Bia Maia ao término do jogo contra Kalinina / Crédito: Jimmie Photography 48

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Difícil encontrar palavras para este jogo de Bia Maia nesta terça-feira. É uma sensação de tristeza , afinal torcemos pelos brasileiros.

É uma derrota que vai doer muito e vai depender da capacidade mental da brasileira para deixar esse sentimento para trás.

Precisamos analisar os aspectos positivos e negativos do jogo e da campanha. 

Bia foi muito bem em Roma, ganhou ótimos jogos, com autoridade, deu um passo que não vinha dando nas últimas semanas. 

Hoje não entrou bem, parecia fria ou nervosa/pressionada. Mas teve uma baita reação para vencer um primeiro set improvável. Oscilou no segundo set, mas muito fruto da variação e coragem da adversária. 

A brasileira sentiu a canela, por alguns momentos reclamava, dava uma mancada ou outra, mas foi resiliente, lutou demais e deixou a convicção que venceria a partida.

Faltou talvez uma convicção maior no final do tie-break do segundo set, ir mais para o saque ou para a bola. Faltou mais convicção depois de abrir vantagem no terceiro set. 

Não sabemos a real condição física que Bia estava no jogo, mas Kalinina foi mais corajosa nesses momentos chave e por isso saiu com o triunfo. Coloco muito mais méritos na adversária do que propriamente uma falha da brasileira.

O retrospecto mostra 4 a 0 para a ucraniana. Ela não tem um tênis tão potente quanto a brasileira, mas mostrou que sabe entrar na cabeça de Bia. A brasileira parece sofrer do mesmo que sofre quando vê Jelena Ostapenko pela frente - com a diferença que a potência de bola da letã é maior que a da ucraniana. 

Vamos então às consequências dessa queda. 

Primeiro a parte física. Se vai afetar ou não para os próximos dias. Segundo da parte emocional. Aquela confiança construída desde o título de duplas em Madri e a campanha no torneio italiano que pode sofrer um baque. Algo que precisará ser trabalhado com o treinador e o staff.

A terceira é a oportunidade perdida. Sim, Bia não tem um bom retrospecto contra a rival, mas tem bola para vencê-la. Kalinina não é nenhum bicho-papão do circuito (não é Swiatek, Sabalenka ou Rybakina, por exemplo). Alcançou hoje apenas sua 1ª semi de WTA 1000. 

A oportunidade de fazer uma semi e quiçá uma final de um WTA 1000. Isso impacta também no ranking e no sonho de virar uma top 10 (se fosse campeã entraria no grupo) ou ficar pertinho em caso de uma decisão. 

É juntar os ensinamentos dados por essa batalha e seguir em frente de olho em Roland Garros.

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