L! Espresso: Palmeiras boicota festa do Paulistão e entra em colisão com a FPF

No dia seguinte à perda do Paulistão, o Palmeiras manteve a postura agressiva em repúdio à anulação da marcação de um pênalti na final contra o Corinthians e declarou guerra à FPF. O clube decidiu boicotar a premiação dos melhores do campeonato, e enquanto a festa ainda rolava o clube emitiu uma carta aberta à torcida, assinada pelo presidente Mauricio Galiotte, em que faz exigências para a próxima edição do estadual, como a adoção do VAR e a gravação dos áudios do sistema de rádio dos árbitros. É um posicionamento dúbio e insensato, que só serve para inflamar hordas e não traz benefícios ao futebol, ao contrário do que o presidente afirma em seu texto. Há uma série de argumentos para concordar ou discordar com a revolta alviverde. Sim, a possível interferência externa é ilegal e vergonhosa, se comprovada, mas ao gritar por moralidade na arbitragem o Palmeiras contradiz princípios que diz defender. E se o pênalti fosse cobrado e determinasse uma conquista de título? Galiotte chamaria o Paulistão de Paulistinha ou recusaria receber medalhas e troféu? Mesmo tendo razão em certos pontos, como a necessidade de investigar a dúvida sobre o papel externo na anulação do lance, a postura da diretoria do Verdão soa hipócrita.

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