Engenheiro da Mahindra explica porque gerenciamento de energia é a chave nos eprix

A diferença entre a Fórmula E e as demais categorias de monopostos vai muito além da falta de barulho ou do design dos carros. O gerenciamento de energia tem papel fundamental na competição, e o engenheiro da Mahindra Racing, Toni Cuquerella, explica como é feito esse controle.

“A eficiência energética faz parte do DNA da Fórmula E, você precisa ser rápido, mas também precisa saber como usar a energia na corrida. No ano passado, com a Mahindra, fomos os mais rápidos na Cidade do México e largamos na Pole. Mas nos últimos 100 metros ficamos sem energia”, relembrou o engenheiro da etapa mexicana de 2019, quando Wehrlein viu seu carro ficar sem energia a poucos metros da bandeirada e a vitória ficar com Lucas di Grassi.

“O problema é que não há telemetria. Não temos uma maneira de saber exatamente como guiar o piloto. O piloto está sozinho e ele tem que saber como ter as informações certas para saber que, a qualquer momento pode ficar sem energia ou a está utilizando em demasia.”

“Já temos sistemas para isso, todas as equipes têm, mas temos que aprimorá-los porque, quando os pilotos estão na pista isso não é tão intuitivo para compreendê-lo. Essas são as mudanças importantes que fizemos em relação ao ano passado. Agora, o piloto tem mais possibilidades de fazer o carro atingir a meta com a quantidade certa de energia, sem excesso ou falta”, explicou Cuquerella.

“No ano passado, pecamos em deixá-lo mal explicado. Os dados estavam lá, mas o piloto não podia vê-lo porque estava em batalhas na pista”, finalizou o engenheiro da equipe indiana.

No momento, a Mahindra é apenas a 10ª colocada no campeonato de equipes, neste que está sendo o pior inicio de temporada da história da equipe na Fórmula E. Porém, o próximo eprix é em um cenário animador: Marraquexe, pista na qual o time venceu nos dois últimos anos.