Papo com Castroneves: Gil de Ferran e a Indy

Piloto brasileiro foi lembrado em evento prévio à abertura da temporada

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Helio Castroneves nas 500 milhas de Indianápolis (Foto: James Black)

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Olá, amigos, tudo bem? Enquanto vocês aí no Brasil curtem o calor do super verão brasileiro, aqui o frio está gelado para ninguém botar defeito. Chegou com força em todo os Estados Unidos, incluindo Indianapolis, onde estive nesta semana cumprindo compromissos com a IndyCar.

Trata-se, na verdade, de um encontro tradicionalíssimo, que acontece todo mês de janeiro. É uma ocasião de trabalho e reúne todos os pilotos, os chefes de equipe, o pessoal da IndyCar e a imprensa. Visa conversar sobre as novidades do ano e promover uma salutar troca de ideias.

É verdade que minha presença no calendário, como piloto, vai acontecer apenas uma vez, na Indy 500, mas certamente foi importante estar presente porque, como vocês sabem, vou estar o ano todo no pit da Meyer Shank Racing. Essa minha nova função, como um dos donos da equipe, vai exigir muito de mim e, portanto, tenho de estar por dentro de muita coisa que, somente como piloto, não fazia parte da minha agenda.

Como não poderia deixar de ser, Gil de Ferran foi lembrado o tempo todo. Isso não somente por sua enorme importância para o automobilismo mundial, mas também por só ter feito amigos no universo da Indy. Participando de diversos grupos de trabalho e desenvolvimento ao longo dos anos, seu enorme conhecimento técnico foi fundamental para a Indy chegar ao estágio atual.

Foi também uma oportunidade para lembrar alguns causos do Gil, como na nossa primeira reunião de trabalho na Penske, que durou uma hora e 45 minutos. Ele falou por uma hora e quarenta minutos. Os cinco minutos restantes ficaram para mim. Teve também aquela vez em que ele ganhou a Indy 500 de 2003 e que só foi para o alambrado do Indianapolis Motor Speedway depois que eu o puxei para comemorarmos a dobradinha da Penske, bem no meu estilo.

Meyer Shank Racing decidiu tirar um ano sabático no IMSA WeatherTech SportsCar Championship, visando dedicação exclusiva à IndyCar e já marcando o retorno aos protótipos em 2025, o Mike me liberou para participar por outra equipe.

Mas, para falar a verdade, o que apareceu não me permitiria estar suficientemente competitivo para buscar o quarto relógio. Até parece que não querem ganhar a corrida comigo, então, não era para ser. É isso, amigos, vamos que vamos porque tem muita coisa acontecendo e muito trabalho pela frente. Abraço e até semana que vem.

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