Remadores se preparam para maior expedição de canoa da história do Brasil
Seis remadores sairão no dia 27 de Niterói e cruzarão 432km até Santos por 12 dias

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Seis atletas Niterói (RJ), Santos (SP) e Ubatuba (SP) já estão unidos e em pleno planejamento e preparação para baterem o recorde nacional de navegação de canoa havaiana e polinésia no Brasil saindo de Niterói (RJ) e fechando em Santos (SP) na virada de 2017 para 2018. As regiões do Rio de Janeiro e da baixada santista são os principais polos e berços do esporte que chegou ao país em 2000.
A expedição Anamauê, que tem o apoio da marca de suplementos Bearco Sports Progenes, tem previsão de saída na quarta-feira, dia 27 de dezembro na cidade de Niterói (RJ), na praia de Icaraí, com previsão de chegada em Santos (SP) no dia 8 de janeiro de 2018 com mais de 430 quilômetros percorridos em 12 dias. A travessia será a maior em distância e em número de dias na modalidade.
Os remadores cruzarão o litoral do Rio de Janeiro, sul Fluminense, Norte Paulista e da Baixada em uma canoa polinésia modelo V6 para seis lugares e não utilizarão barco de apoio, levarão a própria subsistência como água, barra de cereais, suplementos alimentares entre outros. A canoa polinésia é similar à canoa havaiana apenas com uma diferenciação no formato no estilo cockpit, mais arredondado.
Para essa façanha, nomes como o santista José Paulo, que lidera o clube Caiçara de Santos (SP), Douglas Moura (Puro Suco/Evoke/Jeewin Sports Care/Angelo Boechat Idiomas/Academia Niterói Swim/Raldrei Natividade Fisioterapia/Rpilates), fundador do Icarahy Canoa Clube, em Niterói (RJ), e Lucas Miom, líder do Ubatuba Hoe, em Ubatuba (SP), e Zé Paulo, fundador do Clube Caiçara, em Santos (SP), se juntam os remadores amigos Chico Viniegra, Ubajara Iakowsky e Caio Guerra, todos com grande experiênca em provas de longas distâncias e travessias.
Douglas realizou em setembro a maior expedição de canoa havaiana individual em número de dias até então percorrendo Conceição de Jacareí (RJ) até Ubatuba (SP) em nove dias com mais de 160km percorridos. Ao término desta saga, Douglas iniciou o plnejamento com Lucas Mion para a realização deste desafio para a baixada santista.
"Quando decidimos, no inicio não passava de um sonho, que foi se materializando com o convite a nossos grandes irmãos e feras Chico, Ubajara e Caio. Nosso planejamento inicial era ir até Ubatuba, mas nos perguntamos porque não até Santos. Então abrangeríamos nossas três bases, Rio, Ubatuba e Santos com remadores experientes de cada uma delas e desde então, Santos passou a ser nosso destino ”, diz Douglas contando mais detalhes sobre o motivo da busca pelo recorde.
"A história desse trecho de navegação é extensa, são os dois maiores portos de cabotagem do Brasil, e alguns dos nossos ídolos no passado realizaram essa travessia em caiaques oceânicos, ídolos esses como a Simone Duarte, Rodrigo Magalhaes e Pedro Ceglia. Eles foram e são a nossa inspiração e temos certeza que estarão conosco em pensamento." revela José Paulo.
"Vai ser extremamente duro. Nos maiores dias remaremos algo em torno de 60km, e nos menores dias 30km. Não e algo da noite para o dia, nem física nem psicologicamente. Certamente teremos momentos de pensarmos no que estamos fazendo ali. Mas a gente vai seguir, estamos determinados, nos preparando para estarmos no nosso auge na hora da chegada”.
Tanto a canoa havaiana como a polinésia datam de três mil anos atrás para deslocamento dos povos locais pelas ilhas polinésias e hoje são utilizadas tant para expedições como competições: "A canoa polinésia tinha como principal função na antiguidade descobrir e explorar novas terras ou ilhas quando a que as tribos moravam acabava os recursos. Os guerreiros eram escolhidos e tinham a missão de achar um local seguro e que houvesse esses recursos essenciais para a vida. As grandes expedições são portanto a raiz da canoa polinésia, e cada vez mais temos um movimento no Brasil buscando essa raiz. E a gente vai fazer essa expedição nessa busca, eu, meus amigos e muito mar para cruzarmos." salienta Lucas Mion.
"Como historiador, viver essa expedição vai além de apenas um desafio. Os locais que passaremos têm uma grande cultura caiçara de fabricação de canoas de árvores tais como os ancestrais das canoas polinésias. Será uma experiência singular para aprender e mostrar que as culturas caiçaras brasileiras e polinésias tem muito mais em comum do que possa parecer", afirmou Caio que além de remador é historiador.
"Sairemos os 6 como uma equipe, como uma família. Respeitando o oceano, seguiremos no ritmo que ele nos permitir avançar de uma forma segura para que possamos chegar ainda mais amigos, ainda mais conectados aos oceanos, vivendo a canoa da forma que amamos, o verdadeiro e puro espirit a reao da canoa", disse Ubajara.
A equipe da Expedição Anamauê ainda busca mais patrocinadores e apoiadores para ajuda nos custos da mesma.
Programação da Expedição Anamaue Niterói-Santos:
27 Dezembro
Niterói-Barra da Tijuca-Guaratiba - 60km
28 Dezembro
Guaratiba - Marambaia-Palmas (Angra dos Reis) - 60km
29 Dezembro
Palmas - Aventureiro (Angra dos Reis) - 35km
30 Dezembro
Aventureiro (Angra dos Reis) - Martins de Sá (Paraty) - 33km
31 Dezembro
Martins de Sá (Paraty) - Promirim (Ubatuba) - 46km
1º de Janeiro
Descanso
2 Janeiro
Promirim (Ubatuba) - Ilha Ancheita (Ubatuba) - 22km
3 Janeiro
Ilha Ancheita (Ubatuba) - Iha do Tamanduá (Ubatuba) - 26km
4 Janeiro
Ilha do Tamanduá (Ubatuba) - Perequê (Ilha Bela) - 28km
5 Janeiro
Perequê - Paúba (São Sebastião) - 24km
6 Janeiro
Paúba - Ilha do Montão (São Sebastião) - 25km
7 Janeiro
Ilha do Montão - Praia Branca (Guarujá) - 40km
8 Janeiro
Praia Branca - Santos - 33km
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