Ídolos do esporte brasileiro lamentam a morte de Braguinha

Referências do vôlei, basquete, F-1 e vela prestam suas homenagens ao empresário, que morreu aos 94 anos e se destacou por incentivar diversas modalidades. CBV lembra 'virada'

Braguinha
Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, morreu aos 94 anos (Foto: Fotojump)

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A morte de Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, um dos maiores incentivadores do esporte no Brasil, tocou alguns dos principais astros do esporte brasileiro, em especial do vôlei. O empresário, que faleceu aos 94 anos, teve papel decisivo no processo de fortalecimento do mercado da modalidade no país, uma verdadeira virada com a chegada do patrocínio de empresas, com a sua Atlântica Boavista, além de ter incentivado talentos como Guga, Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e os irmãos Grael.

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- O esporte brasileiro perde um de seus maiores incentivadores, um de seus maiores apaixonados. Nós do vôlei jamais poderíamos imaginar todas as conquistas a partir da geração de prata se não fosse pelo suporte desse grande campeão. Perdi um amigo, tive a honra de conhecer e conviver com a família dele por anos. Tive vários ídolos, mas nunca deixa de vir à minha mente a imagem do Braguinha com aquele sorriso enorme e um coração que não cabia nele. Que a gente se lembre dele sempre com alegria dele. Obrigado por tudo, vá em paz - declarou Bernardinho, ao "SporTV".

- Fica minha gratidão por tudo o que o Braguinha fez pelo esporte brasileiro, especialmente pelo vôlei, que é meu esporte, minha paixão. Ele participou desse processo de transição do amadorismo para o profissionalismo, era dono de uma das maiores seguradoras do Brasil naquela época, a Atlântica Boa Vista, criou um grande time e levou metade da seleção para lá - a outra metade estava em Santo André. Aquela rivalidade popularizou o esporte aqui no Brasil. Sem a apoio dele quando o vôlei não era nada, certamente não teríamos chegado onde o vôlei chegou. Nós do esporte em geral agradecemos muito - disse Nalbert, capitão da seleção brasileira de vôlei nas conquistas do Mundial da Argentina em 2002 e do ouro olímpico de Atenas 2004, ao SporTV.

O presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, disse que "Braguinha foi um dos maiores responsáveis pela virada do vôlei, um dos grandes incentivadores que a nossa modalidade já teve.

Técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, Renan Dal Zotto foi mais um da comunidade esportiva a lamentar o falecimento de Braguinha.

- Ele era alguém que não só investia no esporte, no vôlei. Ele não era só o presidente da empresa. Era um mentor, um conselheiro, sempre à beira das quadras, acompanhando os treinamentos e querendo saber se precisávamos de algo a mais. Soube liderar pelo exemplo - disse Renan.

No basquete, Hortência manteve grande amizade com Braguinha ao longo da vida. Ela destacou o significado da figura do empresário para além do dinheiro.

- Braguinha é um nome inesquecível no meio do esporte. Ele tinha uma verdadeira paixão pelo esporte. Ele não só patrocinava as equipes, ele tinha uma relação muito forte de amizade com o atletas. A presença dele passava muita segurança, ele foi um grande nome do esporte brasileiro. Perdemos um grande parceiro e amigo. Obrigada por tudo - disse a ex-jogadora.

No esporte a motor, um dos mais comovidos com a perda foi Fittipaldi.

- Obrigado em nome de todos os atletas por tudo o que você fez pelo esporte brasileiro. O que você fez por mim, pelo Guga, pelo Ayrton e tantos outros atletas. Quando você chegava em uma quadra, num autódromo, num estádio de futebol, você era a alegria, um incentivo a todos os atletas. Você é um patrimônio que vai ficar na história do esporte brasileiro - disse Fittipaldi

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