Após doping de rival, brasileiro leva bronze no Pan na maratona aquática

Victor Colonese, que havia ficado em quarto, teve a confirmação da punição de argentino

Victor Colonese
Victor Colonese recebeu a confirmação de doping de adversário no Pan de Lima (Foto: Divulgação)

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O Brasil assegurou mais uma medalha nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, que aconteceram no ano passado. Isso porque Victor Colonese, que havia terminado a prova da maratona aquática em quarto lugar, subiu uma posição após o argentino Guillermo Bertola, até então dono da prata, ser punido no doping no início desta semana, devido a uma transfusão de sangue feita em 2018. A organização deverá confirmar que o brasileiro herdará o bronze.

Bertola realizou o procedimento no dia 23 de janeiro de 2018. Ele alegou ter realizado a transfusão por causa de uma gastroenterite. Segundo o jornal argentino "El Clarín", o nadador não reportou às autoridades de controle de dopagem. A suspensão vale por quatro anos, até janeiro de 2024.

- Hoje é um grande dia. Ficamos sabendo no final de janeiro, início de fevereiro, sobre a possibilidade dessa reviravolta na medalha do Pan. Independentemente de qualquer coisa, eu fiz o meu melhor na prova. Saí de lá com a cabeça sabendo que eu tinha feito o meu melhor. Fiz a prova que eu queria, cometendo alguns erros, mas, analisando a minha prova, eu não mudaria nada - disse o baiano, que valorizou a importância da conquista.

- A quarta colocação era o segundo melhor resultado do Brasil na história do Pan (o melhor era o terceiro lugar de Allan do Carmo, em 2007). Agora igualei e estou muito feliz. A medalha veio em um momento difícil pelo qual estamos passando, então dá uma motivação a mais para a gente treinar e lembrar do nosso foco - completou o brasileiro.

Além do Pan, em 2019 Colonese também representou o país no Mundial de esportes aquáticos, na Coreia do Sul. Neste ano, ele iria disputar a seletiva para a Olimpíada de Tóquio, adiada para 2021.

Com a decisão, o Brasil conseguirá recuperar ao menos uma medalha perdida por doping. Após a recontagem oficial, terá 54 ouros, 46 pratas e 69 bronzes, com 169 no total.

O país perdeu três resultados naquele evento pelo mesmo motivo: o ouro de Rafaela Silva (judô), a prata de Andressa de Moraes (lançamento de disco), que foi herdada por Fernanda Borges, e o bronze na prova de velocidade por equipes do ciclismo de pista, após resultado analítico adverso de Kacio Freitas.

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