Documento da Anvisa confirma que delegação argentina falsificou declarações sanitárias; veja quem foi

Membro da comissão técnica, Fernando Batista, que foi o treinador da Argentina nas Olimpíadas de Tóquio, foi o responsável pela violação dos documentos na chegada ao Brasil

Brasil x Argentina
Membros da Anvisa tentaram tirar jogadores argentinos à força do gramado (Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)

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Após toda a confusão na partida entre Brasil e Argentina do último domingo, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, em São Paulo, quando membros da Anvisa entraram no gramado para retirar de campo quatro atletas argentinos que estavam no país de forma ilegal, respostas começam a aparecer.

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Segundo o "Blog do Octavio Guedes", o documento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que um membro da delegação argentina falsificou os documentos dos quatro atletas irregulares (Martínez, Romero, Lo Celso e Buendía) na chegada ao Brasil.

Ainda de acordo com o portal, Fernando Ariel Batista foi o membro responsável pela violação. O profissional de 51 anos, que trabalha na comissão técnica da seleção argentina, inclusive foi quem comandou a Albiceleste nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão.

Fernando Ariel Batista - Argentina
Fernando Batista é membro da AFA desde 2019 (Foto: KAZUHIRO NOGI / AFP)

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VEJA OS PONTOS QUE CHAMAM A ATENÇÃO NO DOCUMENTO DA ANVISA


"1 - A investigação começou com o que a agência classifica de rumor. Diz a agência que o 'rumor' foi comunicado à Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Portos, Aeroportos e Fronteiras na sexta-feira (3). Dá conta que quatro atletas, cujo nomes não eram identificados, entraram no Brasil sem cumprir as restrições sanitárias.

2 - Confirmado o rumor, a agência aponta o nome do responsável pela falsificação. 'Informamos ainda que todas as declarações foram preenchidas por uma única pessoa - Senhor Fernando Ariel Batista - Associação de Futebol Argentina – AFA'.

3 - A Anvisa entrou em contato com as autoridades sanitárias do estado de São Paulo. Depois delas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi informada do problema. 'Às 10 horas do dia 4 de setembro (sábado), a equipe da vigilância epidemiológica e a Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo reuniram-se com a equipe da CBF para informar o ocorrido e realizar a devida articulação com os responsáveis pela partida, a Conmebol.'

4 - Ainda de acordo com a Anvisa, a CBF repassou a informação à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e à delegação argentina. 'O chefe de equipe da seleção argentina, assim como membros da Conmebol e CBF foram notificados sobre a ocorrência, tendo recebido a orientação de que os 4 jogares em questão deveriam permanecer nos seus referidos quartos, não podendo participar do treino na Arena Neo Química, previsto para as 18h30 de sábado.'

5 - Sem solução para o problema, a vigilância em saúde do estado de São Paulo solicitou reunião para as 17h de sábado. Não foi por falta de aviso. Nesta reunião, representantes da Conmebol, CBF e Delegação da Argentina participaram como ouvintes. Estavam presentes ainda autoridades, a equipe técnica do Ministério da Saúde, o Ministro da Saúde em exercício, além da equipe técnica da Vigilância Epidemiológica e Sanitária e a Coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

6 - Na reunião, a Conmebol e a delegação da Argentina foram orientadas a formalizar o pedido de excepcionalidade para que os jogadores pudessem treinar no sábado e jogar no domingo. A Anvisa pediu a máxima urgência pra o argentinos, para que a análise da documentação fosse viável antes da realização do jogo. E deu o caminho das pedras: o pedido teria que ser analisado pelo Ministério da Saúde, além de um posicionamento final da Casa Civil."

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