Atacante bate recorde de velocidade de Bruno Henrique em treino e diz: ‘Ele é uma referência para mim’

Felipe Souza, do OFI Creta (GRE), atinge 38.7km/h e supera índice do atacante rubro-negro

Felipe Souza, do OFI Creta
Felipe Souza diz que se inspira no atacante do Flamengo (Foto: Divulgação)

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O atacante Felipe Souza, de 22 anos, do OFI Creta, da Grécia, bateu o recorde de velocidade de um jogador de futebol , que pertencia a Bruno Henrique, do Flamengo. O brasileiro que atua na Grécia atingiu a marca de 38.7 Km/h superando o jogador flamenguista que, em 2019, em uma partida contra o Internacional, pela Copa Libertadores da América, chegou a 38 Km/h. A diferença é que no caso de Felipe a sua marca foi atingida em um treinamento coletivo, enquanto a do rubro-negro do Rio foi em um jogo oficial e reconhecida pela Fifa.

- Foi uma jogada impressionante. Eu saí em um contra-ataque e sabia que havia atingido uma velocidade muito boa, mas não pensava que poderia chegar a superar a marca do Bruno Henrique. Os meus colegas do clube, depois do treino, vieram comentar comigo que ficaram impressionados com a minha velocidade que atingi na jogada - conta Felipe, que revela uma grande admiração pelo atacante do Flamengo.

- Assim como eu, o Bruno teve que lutar muito para conseguir realizar o sonho de se tornar um jogador de futebol. Ele é uma referência para mim não apenas pelas características de jogo, mas também por esse aspecto da perseverança.

Nascido no interior de Minas Gerais, Felipe é mais um brasileiro que teve que ir para o exterior para buscar o seu lugar ao sol. Depois de algumas tentativas mal sucedidas de ingressar nas categorias de base de Cruzeiro, Atlético e América, conseguiu se destacar no Nacional, de Nova Serrana, em Esmeraldas, Região metropolitana de Belo Horizonte. Foi artilheiro do Campeonato Mineiro Sub-17 de 2016. Dali, foi levado por um empresário para fazer testes em equipes chilenas. Foi aprovado no Curicó Unido, equipe da Primeira Divisão local, onde se destacou ainda nas categorias de base, justamente pelas suas arrancadas em alta velocidade, dribles e gols.

- Eu era muito jovem, mas vi nessa possibilidade de ir para o Chile uma grande oportunidade para mim. Não tive medo e enfrentei as adversidades e consegui me tornar profissional no Curicó. Foi um período muito importante. Eu amadureci muito longe do meu país, da minha família, dos meus amigos - afirma o jogador.

Do Chile, Felipe migrou para a Grécia. Primeiramente foi por empréstimo e, após se destacar nos primeiros meses no Creta, foi comprado do Curicó. Ele ainda é a contratação mais cara da história do clube grego.

- Eu cheguei como os mineiros, pelas beiradas, sem apostarem muito em mim, mas graças a Deus trabalhei forte e consegui me destacar nos primeiros meses, e o time conseguiu se manter na Primeira Divisão. Depois fui comprado. Me sinto muito bem aqui e tenho muitos sonhos a serem realizados ainda - disse.

No ano passado, o brasileiro sofreu uma lesão no joelho e passou por um longo tempo se recuperando.

- Eu passei por tempos complicados aqui para fazer minha recuperação em meio a pandemia do coronavírus. Mas consegui superar com muita fé e trabalho. Atingir essa marca de velocidade no treino para mim é muito significativo até por isso. Só Deus e eu sabemos o quanto foi difícil. Mas estou pronto para novos desafios.

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