Com passagem de bastão de Galvão, Globo tem ótimas opções para futuro do futebol

Com a provável ausência do principal narrador da emissora na Copa de 2022, Luis Roberto, Gustavo Villani e Cléber Machado aparecem como principais candidatos ao posto

Montagem - Luis Roberto, Cleber Machado e Gustavo Villani
Luis Roberto, Cléber Machado e Gustavo Villani: o presente e o futuro da Globo pós-Galvão (Foto: Reprodução)

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Nesta semana, durante as gravações do programa 'Altas Horas', que irá ao ar na madrugada de sábado para domingo, Galvão Bueno confirmou que não deve narrar a Copa do Mundo de 2022, encerrando um longo e épico caminho trilhado pelo comunicador de impressionantes 12 Copas em seu currículo. Não só isso, mas o narrador, se de fato aposentar o microfone da cabine, sai com o status de um dos maiores de todos os tempos - se não for o maior. 

E não pense que Galvão irá se aposentar da televisão. Pelo contrário. Ele continuará na função de apresentador, tanto em seu programa 'Bem, Amigos!', como em participações em outros programas da emissora. Por conta do infarto sofrido dias antes da final da Libertadores 2019 em Lima, no Peru, o narrador de 69 anos de idade precisa diminuir o ritmo para preservar sua saúde. Nada mais justo. Um descanso merecido para aquele que tanto contribuiu para o crescimento do esporte e da profissão de narrador no Brasil. 

Com a saída de Galvão, o bastão poderá ser passado para três narradores talentosos assumirem a difícil missão de substituí-lo. Mas, na verdade, Galvão Bueno é insubstituível. Todavia, Luis Roberto, Cléber Machado e (por que não) Gustavo Villani merecem assumir posições de maior destaque nas narrações da emissora nas principais competições do mundo, tanto no futebol, como em outros esportes. 

De acordo com a apuração da reportagem do LANCE!, o nome favorito internamente para ser o principal narrador da Globo é o de Luis Roberto. O comunicador de 58 anos vive o auge de sua carreira e de sua popularidade, principalmente após popularizar o bordão "sabe de quem?", que parece ter alavancado de vez sua excelente trajetória na emissora. Quando foi exigido de última hora para substituir Galvão na final da Libertadores, Luis, como sempre, matou no peito e marcou um golaço na transmissão, mostrando que está pronto para assumir o controle do convés.

Por algum tempo, Cléber Machado foi o segundo narrador na hierarquia da emissora, mas com a ascensão de Luis Roberto nos últimos anos, o narrador paulista parece ter sido ultrapassado. Ainda assim, sempre que foi exigido deu conta do recado; então seu enorme prestígio continua intacto e deve obter chances de narrar transmissões principais também.

Outro nome que chegou com o aval de Galvão na Rede Globo foi o de Gustavo Villani, que estava na Fox Sports e vem crescendo rapidamente na emissora. Villani é tido como o futuro das narrações da Globo e possui a admiração de muitos nos bastidores, especialmente do próprio Galvão, que o apadrinhou desde seu início na empresa. Até por ser bem mais jovem que os dois, o comunicador terá anos de glória.

Até mesmo em seus canais da TV fechada, a Globo está muito bem servida de narradores. Milton Leite, Luis Carlos Júnior e até mesmo o recém-contratado Everaldo Marques pertencem a elite da profissão, e caso seja necessário, matariam a responsabilidade no peito para assumir um papel de protagonista no maior canal televisivo do Brasil. 

Nunca haverá outro Galvão Bueno. Isso é fato, e a Globo sequer pensa nessa possibilidade. Mas é injusto diminuir tantos talentos como substitutos de um dos maiores de todos os tempos. O ideal é ceder o palco para novos talentos brilharem em seus próprios holofotes e não na sombra do maior de todos.

*Estagiário, sob supervisão de Tadeu Rocha

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