Média de quase 30 anos e sem gols: Fluminense tenta superar problemas antes da final

Odair Hellmann precisará consertar erros do time, que ainda não venceu e nem balançou a rede, antes de encarar o Flamengo na decisão da Taça Rio

Fred - Fluminense
Fluminense apenas empatou com o Botafogo, mas avançou na Taça Rio (Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C,)

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A boa notícia é que o Fluminense está classificado para a final da Taça Rio mesmo com o empate por 0 a 0 com o Botafogo no Estádio Nilton Santos. A má é o terceiro jogo consecutivo sem marcar gols e os muitos problemas para resolver em apenas dois dias de treinamento até a decisão contra o Flamengo, na quarta-feira. O principal deles? Como uma equipe com quase 30 anos de média de idade de comportará contra o talentoso, veloz e, por enquanto, imbátivel time de Jorge Jesus.

O ataque é o que concentra os principais desafios de Odair Hellmann, mas a ineficiência parece ser um produto do desequilíbrio do conjunto completo. Antes da paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus, o treinador vinha tendo mais sucesso ao mesclar jogadores jovens e mais experientes. Contra o Vasco, por exemplo, a média de idade do time que entrou em campo, exceto pelo goleiro Muriel, era de 27,8 anos. No jogo deste domingo, foi de 29,8. O Flamengo que entrou em campo contra o Volta Redonda na semifinal tinha 27,8.

A chegada de Fred aumentou consideravelmente esse número. No time titular da semifinal, foram cinco atletas acima dos 30 anos e mais três com 25 ou mais. Antes da parada, Evanilson, com 20, e Marcos Paulo, com 19, ajudavam a reduzir a média. Consequentemente, davam mais mobilidade e agilidade ao time tricolor, como foi visto no clássico. Ao optar pela saída principalmente do centroavante para dar lugar ao ídolo e camisa 9, o Flu abre mão de uma característica que pode ser importante contra o Flamengo: a velocidade.

Fred dá qualidade na finalização do Fluminense, isso é inegável, mas o atacante ainda não está totalmente entrosado com os companheiros e muda a característica da equipe. Com um time mais veloz e que já se conhece, como foi no segundo tempo da partida contra o Botafogo após as alterações, o Tricolor pode explorar, por exemplo, o contra-ataque contra um Flamengo que irá para cima. Se mantiver o camisas 9, ele pode levar perigo, mas o mais difícil será justamente fazer a bola chegar até ele, algo que já vem se mostrando complicado nesses últimos jogos. Com jogadores mais experientes e um centroavante de menos mobilidade, esse cenário fica mais complexo. 

- Criamos quatro ou cinco oportunidades no primeiro jogo, mesmo com um jogador a menos. No segundo e hoje também. Acho que dá para aumentar esse efetividade. Mas isso virá com o tempo. Estamos inserindo os jogadores. O Fred está entrando agora, buscando o melhor entrosamento com os jogadores. Tem o refino de movimento que é importante. Ele, como goleador, sabe disso e os outros jogadores também. Só se ganha com o tempo. O timing de se conhecer, trabalhar, treinar, errar, trabalhar de novo, se conhecer e encaixar os movimentos - avaliou Odair após o empate no Nilton Santos.

O Fluminense evoluiu desde a desastrosa estreia contra o Volta Redonda, quando perdeu por 3 a 0. Mas ainda tem um longo caminho pela frente para reencontrar o bom futebol que praticava antes da parada. Principalmente com o ótimo poderio ofensivo daquele que era o segundo melhor ataque entre os times da Série A. O Tricolor volta a jogar na quarta-feira, com horário e local ainda não definidos. 

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