ANÁLISE: Corinthians alterna entre mentalidade de campeão e futebol de derrotado

Timão teve força mental para virar um placar adverso em 20 minutos, mas foi outro no segundo tempo e só empatou com o Inter

Última partida entre Corinthians e Internacional no Brasileirão terminou em 2 a 2
Contra o Internacional, Corinthians teve várias faces dentro de um jogo (Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

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Um time que sai perdendo aos 40 segundos, não se abate e consegue a virada em 20 minutos só pode ter uma força mental típica de um vencedor. Porém, esse mesmo time, no mesmo jogo, acaba apresentando um futebol extremamente pobre. E isso deixa todo mundo em ‘bolinhas’. Prazer, esse é o Corinthians.

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Ou pelo menos foi, na tarde de ontem (4), contra o Internacional, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro.

O futebol apresentado pelo Timão no primeiro tempo foi digno da grandeza do clube. Tanto na força psicológica, quanto na qualidade técnica apresentada para, além de virar um jogo tão importante em tão pouco tempo, jogar bem, a ponto de ir para o vestiário com uma sensação de que poderia estar vencendo por mais.

A questão é que o segundo tempo começou e nele o Corinthians foi tomado por um outro espírito. Pobre, medonho. A marcação afrouxou, o meio-campo parecia perdido e foi dado todo espaço do mundo para o Inter não só empatar, mas também com a possibilidade de reverter o resultado, o que só não aconteceu porque o goleiro Cássio fez uma grande defesa já na reta final da partida.

O Corinthians oscila nos resultados e no desempenho, tanto jogo após jogo, quanto dentro da própria partida. E, dessa vez, a oscilação custou voltar a sonhar pelo Campeonato Brasileiro.

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Tirar seis pontos do Verdão em um universo de 13 jogos está longe de ser impossível. Não que encostar com oito seja, mas é uma rodada a menos que dá possibilidade do rival passar pelo momento de baixa e voltar a crescer e confirmar o título nacional.

Na entrevista coletiva após o empate com o Inter, o técnico Vítor Pereira disse que ‘não faz milagres’, e ele tem razão. Com o departamento médico novamente enchendo e as peças de qualidade ficando cada vez mais escassas fica difícil de trabalhar.

Porém, a partir do momento que o treinador traz o time para trás logo no início do segundo tempo e chama o adversário para o seu campo, ele está colaborando para que o rival cresça, e foi isso que aconteceu.

Que o jogo contra o Colorado sirva de aprendizado para Vítor Pereira e o elenco, pois os dois próximos jogos, principalmente o segundo, não permite erros. No próximo domingo (11), o Timão encara o São Paulo, no estádio do Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, com a chance de afundar ainda mais o rival em uma crise. Quatro dias depois, a equipe alvinegra tem o jogo mais importante do ano, até aqui, quando enfrentará o Fluminense, em Itaquera, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil.

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