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CPI da Chapecoense ouve presidente e ex-presidente do clube e contesta relação entre a Caixa e seguradora

Banco estatal tinha selado parceria com a Tokio Marine, empresa que não pagou indenizações às famílias das 71 vítimas do acidente aéreo ocorrido em 2016

Chapecoense tem desafio de se reerguer após queda de avião deixar 71 mortos e seis feridos
imagem cameraHaverá nova reunião em torno da CPI da Chape para o dia 24, na próxima quinta-feira (foto:Raul ARBOLEDA / AFP)
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Lance!
Brasília (DF)
Dia 17/02/2022
22:24

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A CPI da Chapecoense teve mais um desdobramento nesta quinta-feira (17). Criada para apurar a situação das 71 famílias das vítimas no desastre aéreo ocorrido em 2016, a comissão ouviu o atual presidente do clube, Nei Roque Mohr, o ex-presidente, Plínio David de Nes Filho, além do vice-presidente de logística e operações da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira de Sousa. 

Na reunião realizada no último dia 10, a CPI havia aprovado requerimento para convidar o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para a audiência que ocorreu nesta quinta-feira (17). Contudo, Guimarães não compareceu, afirmando que estava acompanhando a situação dos deslizamentos de terra em Petrópolis. O vice-presidente de logística e operações foi seu representante.

Parlamentares contestaram a parceria firmada entre a Caixa e a resseguradora Tokio Marine, que ainda não pagou das indenizações aos familiares das vítimas da tragédia aérea. No entanto, outras empresas também são apontadas como resseguradoras do voo.

- Foi noticiado, Sr. Antônio, que a Tokio Marine detém contratos de seguro com a Caixa Econômica Federal. Assim, gostaria de saber se o senhor, como Vice-Presidente da Caixa Econômica Federal, vê algum problema ético ou mesmo comercial ao firmar contratos de seguro com companhias que decidem não honrar o pagamento, alegando tecnicalidades contratuais – indagou o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).

O vice-presidente da Caixa frisou que não há qualquer problema em torno da parceria do banco estatal (por meio da Caixa Seguridade) e a resseguradora.

– Em relação ao contrato em especial das empresas relacionadas à Caixa, nenhum conglomerado conhece esse contrato nem é parte dele. Na relação contratual de parceria com a Caixa e a Tokio Marine, todas as diligências de governança foram cumpridas, que preveem praticamente oito etapas – ponderou.

Presente na reunião, o vice-presidente de marketing da Chapecoense, Alex Passos, destacou que o clube projeta "migrar" para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

- A SAF vai acabar sendo criada na Chapecoense. O momento em que ela vai ser criada, quem vai decidir isso agora vai ser como é que essa recuperação judicial vai andar, como é que vai ser a assembleia de credores, como é que nós vamos conseguir montar este processo. E, diante desse mercado todo, não tenha dúvida que, como o presidente Nei, falou nós estamos ouvindo todo mundo, todo mundo - disse.

A próxima reunião da CPI da Chapecoense está marcada para a próxima quinta-feira (24). Estão previstos na pauta os depoimentos do presidente da Tokio Marine do Brasil, José Adalberto Ferrara, e do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

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