Federação Internacional de Vôlei lança projeto ambiental no Rio

FIVB apoia grupo europeu para transformar redes de pesca abandonadas em redes de vôlei

Ação com crianças aconteceu em Copacabana
Ação com crianças aconteceu em Copacabana (Divulgação)

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A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) se uniu ao grupo de conservação marinha Ghost Fishing Foundation para lançar o Good Net, um projeto para recuperar redes de pesca abandonadas nos oceanos e transformá-las em redes de vôlei para uso das comunidades locais ao redor do mundo. O lançamento mundial aconteceu nesse sábado, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Campeões do presente e do passado como Giba, Emanuel, Sandra Pires, Bárbara, Fernanda Berti, Adriana Samuel, Guilherme e Pará estiveram presentes para apoiar o novo projeto, além de jogar com mais de 100 crianças, que também fizeram clínicas de vôlei e workshops sobre meio ambiente, ministrado pelo Ghost Fishing Institute.

Todos os anos, 640.000 toneladas de redes de pesca chegam aos oceanos, onde seguem capturando animais selvagens marinhos, incluindo baleias, golfinhos, tartarugas e peixes de todos os tipos. O projeto Good Net visa aumentar a conscientização global sobre o problema e, ao mesmo tempo, contribuir para a solução.

- Na hora que me falaram da possibilidade da FIVB desenvolver esse projeto imediatamente me contagiei pela ideia. O vôlei é o esporte da família e poder aliar a prática esportiva com ações ambientais e sociais é uma excelente oportunidade de chamar atenção para o problema e ajudar a conscientizar o mundo sobre a mortandade dos animais marinhos - disse Ary Graça presidente da FIVB.

Trabalhar com a Ghost Fishing, sediada na Holanda, e com suas equipes globais de mergulhadores, permitiu que a FIVB combinasse forças, trazendo atributos, experiências e conhecimentos específicos para o projeto Good Net.

- Como jogadores de vôlei, as redes estão no centro do nosso jogo e da nossa alegria. Amamos a praia, o vôlei de praia e para nós foi muito difícil aprender que há tantas redes nos oceanos, causando danos que estão fora de nossas vistas - disse Giba, presidente da Comissão de Atletas da FIVB.

- Fico muito feliz em fazer parte do lançamento de um projeto que envolve esporte, educação e proteção do meio ambiente. O vôlei de praia precisa desse ar livre, da natureza. Nada mais legal do que a gente proteger os mares e reciclar as redes, é fantástico - emendou o campeão olímpico e mundial Emanuel.

O Good Net também se juntou à campanha Clean Seas, da Organização das Nações Unidas (ONU), na luta contra a poluição por plásticos marinhos. Lançada em fevereiro de 2017, a campanha Clean Seas visa aumentar a conscientização global sobre a questão do lixo marinho, bem como implementar medidas que destacam e abordam as lacunas na gestão de resíduos e reciclagem.

- Como mergulhadores, nos preocupamos profundamente com os oceanos. Também entendemos como as redes fantasmas causam enorme quantidade de danos à vida selvagem marinha em lugares onde poucos têm consciência do dano que está sendo feito. Mas redes de voleibol, seja em uma praia local ou em um torneio com transmissão de televisão ou internet dá uma grande visibilidade, ajudando a combater o problema - disse o CEO da Ghost Fishing, Pascal van Erp.

- A chave para promover o desenvolvimento sustentável global é a colaboração - disse Julie Duffus, Gerente de Sustentabilidade do COI. - Estamos muito felizes que a FIVB tenha aderido à iniciativa Clean Seas. Juntos, podemos usar o poder do esporte para ajudar a combater a poluição e fazer uma contribuição ativa para a sociedade e o meio ambiente. As redes fantasmas estão entre as maiores ameaças à biodiversidade dos nossos oceanos e, como parte do projeto Good Net, a FIVB está promovendo soluções inovadoras para lidar com essa questão global.

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