LANCE! Espresso: Soteldo e as estrelas solitárias do Santos

O Santos começou a temporada como terminou a última: apostando nos talentosos jovens vindos da base, que vão se encaixando no profissional com propriedade e diminuindo a necessidades de grandes contratações no momento em que o clube tem dificuldade até mesmo para manter os salários em dia.

Mas há dois jogadores que elevam de forma automática o grau de competitividade deste time. Um deles é Marinho, destaque do futebol brasileiro na atualidade, que ainda recupera o físico após testar positivo para a Covid-19. O outro é Soteldo, o venezuelano que assumiu a mítica camisa 10 do Peixe. Foi dele o golaço de falta no empate contra o Deportivo Lara, que garantiu a classificação do Santos à terceira fase da Libertadores. Foram 90 minutos de dribles, recomposição, sucessivas faltas recebidas e muita visão de jogo. Só 23 anos, mas o líder que regeu uma banda lotada de novatos.

A cada grande atuação de Soteldo, o torcedor fica ainda mais preocupado com a possibilidade de perder o jogador. O enrosco gerado na contratação do jogador junto ao Huachipato, do Chile, se arrasta há meses, e o Santos segue impedido de registrar atletas até quitar a dívida de R$ 19,5 milhões.

Ainda refém da desastrosa gestão do ex-presidente José Carlos Peres, o Peixe depende de seus garotos para um futuro promissor. Mas não pode abrir mão das poucas estrelas que ainda habitam a Vila Belmiro.

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