São Silvestre: história e principais campeões da tradicional corrida

2018 marca a 94ª edição da prova, sempre realizada no último dia do ano, que homenageia o santo de mesmo nome; LANCE! reuniu curiosidades sobre a disputa

93ª Corrida de São Silvestre divulga acessos à prova para oficialmente inscritos
Corrida de São Silvestre será nesta segunda-feira (Foto: Divulgação)

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Todo 31 de dezembro guarda a expectativa de um dos principais eventos esportivos do ano: a Corrida Internacional de São Silvestre. Sempre realizada no último dia do ano, em que se festeja o santo de mesmo nome, a tradicional corrida está programada para começar às 8h20 (horário brasileiro de verão) desta segunda-feira.

Os atletas já mostraram que estão otimistas para a largada na Avenida Paulista. Mas quão bem você conhece a história da prova? O LANCE! separou algumas curiosidades sobre a São Silvestre, que fecha com chave de ouro o ano no esporte em 2018. Confira abaixo!

Criada por jornalista e inspiração em prova francesa
Cásper Líbero, além de ter idealizado o jornal Gazeta Esportiva, foi o nome por trás da criação da corrida de São Silvestre. Ainda em 1924, o célebre jornalista tomou como referência uma corrida noturna na França, em que os atletas carregavam tochas. Além disso, ele também baseou-se no sucesso da Volta de São Paulo (1918) e a Volta de Piracicaba (1919). 

Seguindo o molde francês que maravilhou Cásper, a São Silvestre foi uma corrida noturna até 1998. Com início geralmente marcado para as 23h30 (Brasília), a prova passou a ser disputada de manhã para cumprir com requisitos da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

Primeira prova
60 atletas se inscreveram e 48 fizeram o percurso inaugural da São Silvestre em 1925. Dos 48 corredores, 37 foram considerados como "classificados" - nome dado pelo regulamento aos atletas que concluíssem a prova em até três minutos após o primeiro cruzar a linha de chegada. Alfredo Gomes, do Clube Espéria, foi o primeiro vencedor da disputa; em 1925, ele percorreu os 8,8 km da prova em 33m21s.

Maiores campeões
Depois do Brasil (29), o Quênia é o país com maior número de títulos masculinos da São Silvestre, com 14. No lado feminino, o país africano domina com sobras: são 12 conquistas, cinco a mais que Portugal, "vice-líder" da lista com sete.

Individualmente, a recordista de títulos é a portuguesa Rosa Mota, que dominou a prova nos anos 1980 e foi hexacampeã consecutiva entre 1981 e 1986. Já entre os homens, destaque para o queniano Paul Tergat, pentacampeão (1995 e 1996, 1998-2000); por pouco ele não levou o título em 1997, mas foi desbancado pelo brasileiro Émerson Iser Bem e ficou com a medalha de prata.

Restrições ao longo dos anos
Hoje, a São Silvestre é um misto de gêneros e nacionalidades - mas nem sempre foi assim. Desde sua criação em 1925 até 1944, apenas atletas brasileiros (todos homens) podiam disputar a corrida. Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, estrangeiros de outros países da América do Sul passaram a ser convidados para a disputa. O acesso a corredores de todos os países do mundo só foi permitido de vez em 1947.

As mulheres só puderam fazer parte da prova a partir de 1975, 50 anos após a primeira edição da São Silvestre. A primeira campeã foi a alemã Christa Vahlensieck. Uma brasileira só venceria a prova 20 anos depois: foi Carmem de Oliveira, em 1995.

Domínio paulista nas edições iniciais
Nas 16 primeiras edições da São Silvestre, todos os vencedores foram corredores paulistas. O panorama só mudou em 1941, quando o mineiro José Tibúrcio dos Santos (Faculdade Brasileira do Comércio) faturou o título, com tempo de 22m12s.

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