André Rocha coroa boa temporada com ouro no Mundial de Atletismo

Paulista de Taubaté fatura o título e bate recorde mundial do lançamento de disco F52, no Estádio Olímpico de Londres; Brasil tem cinco campeões em cinco dias <br>

André Rocha
(Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)

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O brasileiro André Rocha conquistou nesta terça-feira a medalha de ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico de Londres. O paulista de Taubaté foi o vencedor do lançamento de disco F52 - a quinta conquista dourada do Brasil em cinco dias de competição, disputada no Estádio Olímpico. O Brasil soma até aqui 13 medalhas, cinco das quais de ouro, cinco de prata e três de bronze. O evento se estenderá até domingo.

O atleta de 40 anos sagrou-se campeão ao atingir a marca de 23,80m em sua quarta tentativa - novo recorde mundial da prova. Até a metade da disputa, ele estava atrás do letão Aigars Apinis, que terminou com 21,95m. O bronze foi para o croata Velimir Sandor, que finalizou sua participação com 17,95m.

André coroa, desta maneira, o melhor ano de sua carreira. No mês passado, ele já havia estabelecido a melhor marca mundial no lançamento do disco, com os 23,24m conseguidos no Grand Prix do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) de Berlim, na Alemanha.

"As pessoas não fazem ideia do que esse título significa para mim. Para quem chegou até a cogitar abandonar o esporte ou até ir para outra modalidade, alcançar algo como esse ouro não tem preço. Foi muita luta, suor e fé em Deus. Tenho de agradecer à minha família, treinador... Muita gente que me apoia e que acredita no meu trabalho. Estou muito, muito feliz", afirmou, emocionado, André, que era policial militar e, em uma perseguição no final de 2005, caiu de um muro e sofreu uma lesão na coluna.

Izabela Campos também subiu ao pódio nesta manhã. A mineira de Belo Horizonte voltou a conquistar a medalha de bronze no lançamento de disco F11 (cego total) - a exemplo do que já havia feito há dois anos, no Mundial de Doha (Catar), e no ano passado, nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Ela subiu ao pódio com a marca de 31,83m - a sua melhor na temporada. Aos 36 anos, ela ficou atrás apenas das chinesas Liangmin Zhang (35,11m) e Hongxia Tang (33,63m).

- Este resultado é fruto de um trabalho que começou antes dos Jogos do Rio 2016. Foi uma prova em que nem eu e nem minhas adversárias fizeram as melhores marcas, mas estou bastante satisfeita com o resultado - disse a atleta, que teve sarampo aos seis anos e perdeu a visão progressivamente até ficar completamente cega aos 18.

Izabela retorna ao campo do Estádio Olímpico na tarde desta terça-feira, mas agora para a disputa do lançamento de dardo F11.

Além dela, competiu nesta manhã Petrúcio Ferreira. Nos 400m T47 (para amputados de braço), o paraibano passou à final com o quarto melhor tempo (51s55) - a final será nesta quarta-feira, 19. Já a paraense Jhulia Santos foi outra a classificar-se para a briga por medalhas, mas nos 100m T11 (cegos totais). Ela registrou o tempo de 12s80 - a segunda mais rápida da eliminatória. Ariosvaldo Fernandes, o Parré, avançou nos 400m T53 (cadeirantes), com a marca de 51,65m. Emerson dos Santos, por fim, foi 12º no arremesso de peso F46, com 11,19m.

No fim do dia, foi a vez de Mateus Evangelista (200m T37), Rodrigo Parreira (salto em distância T36) e Izabela Campos (lançamento de dardo F11) subirem no pódio. Os três levaram a medalha de prata.

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