Jadson diz que sonhava com Seleção em 2015: ‘Infelizmente, não deu’

Jogador foi um dos destaques da campanha do título brasileiro pelo Corinthians

Jadson é um dos destaques do Tianjin
(Foto: Mauro Horita/AGIF/Lancepress!)

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Um dos principais nomes da conquista do Brasileirão pelo Corinthians no ano passado, Jadson teve o mesmo destino de muitos brasileiros ao fim da última temporada. Com uma proposta boa financeiramente e um projeto ambicioso apresentado por Vanderlei Luxemburgo, o meia trocou o Timão pelo Tianjin Quanjian, da Segunda Divisão da China.

O principal desafio de Jadson e seus companheiros é colocar a equipe na Primeira Divisão do país. E investimento não faltou. Além dele, o Tianjin contratou os brasileiros Luis Fabiano e Geuvânio, além de outros jogadores chineses. 

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Jadson revela que ficou um pouco frustrado por não ter sido convocado por Dunga, principalmente no ano passado, e acredita que sua passagem pela China será importante para abrir as portas do mercado asiático para ele.

Você foi um dos melhores jogadores do Brasileirão-15 pelo campeão Corinthians. Agora, vai jogar na Segunda Divisão Chinesa. O que espera desse novo desafio?

Graças a Deus, foi um ano maravilhoso no Corinthians. Consegui dar minha parcela de ajuda no título do Campeonato Brasileiro e saí de cabeça erguida, jogando bem e dando muitas alegrias à nação corintiana. Sinto muitas saudades da torcida e do carinho que eles tinham por mim. Em todas as equipes que joguei, consegui conquistar títulos e aqui na China o meu primeiro objetivo é subir a nossa equipe para a elite do futebol do país. Sei que não será fácil, mas só enfrentando esse desafio para saber se vai dar certo ou não.

O que lhe atraiu para jogar na Segunda Divisão? Não teme ficar esquecido?

O projeto que o Luxemburgo mostrou e a possibilidade de abrir o mercado para mim na Ásia, um continente que eu ainda não tinha atuado e não era conhecido. Acho que posso fazer uma história bonita aqui, conquistando objetivos que não consegui nem no Brasil. O contrato também foi uma coisa que balançou muito, pois a proposta era muito boa e eu penso sempre na minha família.

Ainda sonha com a Seleção Brasileira?

Seleção Brasileira eu até sonhava muito no ano passado e tinha esperança de ser chamado pelo treinador Dunga, mas, infelizmente, não deu. Agora eu quero focar no nosso objetivo aqui na China, que é subir o Tianjin para a primeira divisão, trabalhar bastante e ficar com a minha família.

O que esperar da Segunda Divisão na China? Com os reforços, acredita que o Tianjin Quanjian entra como principal favorito a subir para à elite do futebol chinês?

A equipe evoluiu bastante na pré-temporada. Além do nosso clube, sei que tem outras quatro ou cinco equipes que investiram bastante em jogadores e se reforçaram. Por isso, sei que não será fácil, mas vamos atrás desse desafio e, se Deus quiser, iremos conseguir.

Nos amistosos, o que já pôde perceber do time? Ele vem forte, com um ataque com Luis Fabiano e Geuvânio? Já estão entrosados para a disputa da competição?

São dois jogadores de alta qualidade, cada um com sua característica. São atletas que jogariam em qualquer time do Brasil e tenho certeza de que vamos nos dar bem aqui e ajudaremos o Tianjin.

Com muitos nomes conhecidos e que estavam sendo convocados, além de estrangeiros, você acredita que o Dunga vai ficar mais atento com o futebol chinês?


Eu acho que a comissão técnica da Seleção está de olho em todos os campeonatos do mundo e na China não será diferente. Hoje em dia, a visibilidade e a comunicação é mais fácil e a Ásia é um mercado que está evoluindo a cada ano.

Você acredita que o futebol chinês a partir desta temporada tem condições de chamar a atenção em nível mundial?

Pelos investimentos e pelos jogadores de alto nível que estão vindo para cá, muitos da Europa, inclusive, tenho certeza de que já está chamando atenção. E também acredito que no futuro o futebol do país terá ainda mais qualidade do que agora, que já está boa.

Você deixou o Brasil mesmo estando no auge no Corinthians, e às vésperas de disputar a Copa Libertadores. O desejo de sair do país deixando uma boa impressão também pesou em sua decisão?

Olha, meu objetivo era jogar bem e ter um ano regular no Corinthians. Graças a Deus, conseguir manter isso durante toda a temporada e fomos premiados com o título Brasileiro. Saí de cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido. Fui muito feliz no Corinthians e tenho certeza de que deixei as portas abertas tanto no Corinthians como em outros clubes do
Brasil.

Os dirigentes do Tianjin Quanjian chegaram a pedir para você indicar algum jogador do futebol brasileiro como reforço?

Eles já tinham em mente os jogadores que queriam contratar. Na minha opinião, acertaram em cheio trazendo o Geuvânio e o Luis. Os dois ajudarão demais e lutaremos muito para alcançar os nossos objetivos em 2016.

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