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Com ‘golden goal’ e roteiro épico, brasileiros são campeões de torneio universitário de futebol dos EUA

De forma inédita, time da Marshall University, formado por seis brasileiros, vence principal liga norte-americana, a NCAA Division I, após gol na prorrogação

Brasileiros campeões NCAA
imagem cameraSeis brasileiros estão no elenco campeão pela Marshall University (Foto: Divulgação/Marshall University)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 19/05/2021
23:24
Atualizado em 20/05/2021
09:00

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Uma campanha épica, que culminou em um título inédito, com direito a "golden goal" na final. Foi assim que seis brasileiros da Marshall University conquistaram, na última segunda-feira, a NCAA Division I Men's Soccer Tournament - ou College Cup -, principal campeonato de futebol universitário nos Estados Unidos.

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Vitor Dias, Gabriel Alves, Pedro Dolabella, Vinícius Fernandes, João Peterlini e Davi Edwards são estudantes-atletas de futebol da universidade da cidade de Huntington, em West Virginia, que puderam levantar o caneco e ter uma grande história para contar no futuro. O grupo brasileiro chegou aos EUA por meio de Bolsas de Estudo Esportivas, fruto do programa da 2SV Sports & Education, empresa brasileira pioneira no mercado de intercâmbio esportivo e acadêmico, com foco em bolsas de estudo nos EUA.

- Nos Estados Unidos, competir por uma instituição de ensino é o caminho mais sólido para o esporte profissional, diferentemente do que ocorre no Brasil. Atletas do mundo todo estão sempre em busca de oportunidades e destaque nas Universidades e High-Schools norte-americanas. Portanto, esse título tem um peso enorme, representa uma grande vitrine para os estudantes brasileiros e um momento histórico para o intercâmbio esportivo do Brasil - celebrou o CEO da 2SV, Ricardo Silveira, há 17 anos à frente da empresa.

Na última segunda-feira, Marshall surpreendeu o mundo do futebol norte-americano ao bater Indiana, por 1 a 0, na morte súbita da prorrogação, garantindo o título a uma universidade que nem sequer havia alcançado a semifinal em sua história.

Atualmente, são 187 equipes na Primeira Divisão do futebol universitário dos Estados Unidos, divididos em 22 conferências. A partir dos playoffs, que contou com 36 equipes, Marshall bateu a Fordham University, até então invicta na competição; desbancou a primeira colocada do Ranking Nacional, Clemson University, após empate no tempo normal e decisão por pênaltis;

Depois passou por Georgetown University, então atual campeã (edição 2019); venceu na semifinal a University of North Carolina, que jogava em casa e, por fim, derrotou Indiana University, terceira colocada do ranking nacional, na prorrogação da grande final.

O estudante brasileiro Vitor Dias, artilheiro da equipe, com seis gols em 17 partidas, fez a jogada do gol do título: finalizou duas vezes até a bola tocar caprichosamente a trave, antes de Jamil Roberts colocar para o fundo da rede e garantir a glória máxima. Esta foi a quinta final, nos últimos sete anos da NCAA, que teve seu campeão definido somente na prorrogação.

- Ser campeão nacional é uma tarefa muito difícil. O maior desafio, com certeza, foi ganhar de Clemson, o time número 1 do país e depois ter que passar de Georgetown, o último campeão. Depois disso, nossa confiança cresceu. E a responsabilidade também, porque como se trata do maior título possível no College, ser campeão da NCAA Division I Men's Soccer Tournament garante a oportunidade de mostrarmos nosso talento para o país inteiro. E foi isso que a gente fez - ressaltou Dias.

O atacante João Pedro Peterlini Souza concordou com o companheiro.

- A nossa chance de sermos descobertos por olheiros e técnicos de times da MLS já eram grandes durante as partidas, mas elas aumentaram muito com a conquista do título. Isso nos dá esperança de que, em breve, vamos realizar nosso sonho de jogar profissionalmente”, disse.

O pai de João, o administrador de empresas Adolfo Miguel de Souza Júnior, viajou de Cuiabá para os EUA para ver o filho ser campeão. E disse que, no momento em que isso aconteceu, um filme passou em sua cabeça.

- O João veio para os EUA com 15 anos, sozinho, acreditando no sonho de ser jogador de futebol. Ele precisou abrir mão de muita coisa pra focar nesse objetivo. E a família apoiou porque aqui é possível unir educação e esporte. Hoje eu não tenho dúvidas de que fiz a coisa certa pelo meu filho - declarou.

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