Corinthians tem atuação ruim com culpas divididas e lições importantes

Timão teve uma de suas piores apresentações recentes, em que tudo deu errado, desde o treinador ao centroavante. Oscilações acabam punidas quando o adversário é eficiente

Sport x Corinthians
Corinthians teve problemas coletivos e individuais em derrota para o Sport (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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Perder uma invencibilidade de dez jogos não é fácil, principalmente em um momento em que ela vem recheada de entusiasmo e empolgação, mas pior ainda quando ela acontece em circunstâncias que irritam o torcedor. Foi assim o caso do Corinthians, no último sábado, contra o Sport, na derrota por 1 a 0 na Arena Pernambuco. Além da série quebrada, a Fiel viu alguns problemas.

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Sem Willian, que ficou em São Paulo para tratar um desconforto muscular, Sylvinho foi obrigado a mexer na base que vinha encontrando para encaixar os quatro reforços. E foi na prática que ele acabou vendo que a solução encontrada não foi a melhor para aquele tipo de adversário. Com Jô na referência, a equipe teve enormes dificuldades para criar jogadas.

Mas seria injusto dizer que o camisa 77 foi a origem dos problemas corintianos na tarde do último sábado. Ele foi apenas parte da culpa e o restante do time, além da comissão técnica, tiveram responsabilidade significativa na derrota. Isso contando atuação individual e coletiva, e postura não somente técnica, mas física e mental. Em resumo, o combo alvinegro deixou a desejar.

Com uma ausência como a de Willian, era óbvio que qualquer substituto não seria no mesmo patamar, mas também sabia-se que suas características eram parte fundamental dessa melhora do Timão, por isso a equipe sentiu muito a falta de alguém que fizesse um papel parecido, que poderia ser Adson ou Mosquito, com velocidade e mais dinâmica diante de uma defesa fechada.

Dessa forma, o Corinthians mostrou extrema lentidão na construção das jogadas e uma falta de intensidade que ainda não havia sido vista nessa sequência invicta. O desgaste pelo calendário apertado pode ter sido um fator preponderante na atuação. Róger Guedes, por exemplo, parecia sentir o jogo fisicamente, assim como Cantillo e alguns outros companheiros de time.

Mesmo com essa atuação ruim e com algumas peças visivelmente não funcionando no esquema, Sylvinho fez suas primeiras alterações apenas aos 24 minutos do segundo tempo, quando fez uma tentativa ousada ao tirar Cantillo e Jô, e colocar Gustavo Mosquito e Adson em campo. Assim, Renato Augusto virou primeiro volante e Róger Guedes retornou ao posto de "falso 9".

Essa mexidas não deram certo e Sport continuava levando vantagem em todos os aspectos, tanto é que abriu o placar aos 35 minutos da etapa final. O resultado provocou mais algumas mudanças tardias de Sylvinho, como Luan no lugar de Gabriel Pereira e Gustavo Mantuano no lugar de Renato Augusto.

A oscilação do time já havia sido vista em algumas oportunidades, mas a qualidade individual acabou decidindo e ofuscando os problemas. Quando esse talento não conseguiu se sobrepor às dificuldades, e o adversário teve a eficiência necessária para chegar ao gol, a derrota veio de uma forma bem significativa. Não no placar, que foi apertado, mas na maneira com que ela aconteceu. Uma lição para a equipe e um freio na empolgação do torcedor.

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