Conmebol lembra morte de torcedor em Oruro em resposta ao Corinthians

Após reclamações do Corinthians sobre mudanças no Regulamento de Segurança, Conmebol responde nesta segunda-feira e lembra da morte de Kevin Espada em 2013

Treino aberto - torcida do Corinthians
Torcida do Corinthians faz festa em treino na Arena (Foto: Bruno Teixeira)

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Após o Corinthians ter reclamado em carta aberta sobre as mudanças no Regulamento de Segurança da Conmebol, a entidade respondeu nesta segunda-feira. Em seu site, a Conmebol explicou as alterações e lembrou da morte de Kevin Beltrán Espada, torcedor San José de Oruro que morreu aos 14 anos depois de ser atingido por um sinalizador lançado por um torcedor do Corinthians. O caso aconteceu em 2013.

"Sobre a proibição de entrada nos estádios de bandeiras gigantes, lembramos que tal proibição se encontra vigente desde 2014, como consequência dos lamentáveis fatos ocorridos durante uma partida da Libertadores entre San José de Oruro e Corinthians em 2013, quando ao ser levantado um bandeirão por parte da torcida visitante, foi lançado um sinalizador que atingiu o olho de um torcedor (menor de idade), provocando sua morte de maneira instantânea na arquibancada", diz trecho da nota publicada pela Conmebol.

O Corinthians reclamou das mudanças, que proíbem bandeirões, instrumentos e sinalizadores festivos. Veja abaixo a resposta da Conmebol publicada nesta segunda:

"a) o Regulamento de Segurança é uma ferramenta que permitirá aos clubes participantes das diferentes competições de clubes organizadas pela Conmebol e às autoridades competentes locais encarregadas da segurança, preservar a ordem pública e o controle do espetáculo esportivo, e não pretende em nenhuma circunstância mudar o DNA do nosso futebol sul-americano;

b) Em nenhum dos pontos o Regulamento de Segurança proíbe as torcidas de entrar nos estádios com bandeiras, faixas, cartazes, instrumentos musicais, entre outros. No entanto, se faz necessário regulamentar seus usos para que os órgãos de segurança contem com todas as garantias visuais, operacionais e funcionais para garantir a segurança de todos os presentes aos estádios. Por isso, é necessário que os Circuitos Internos de Televisão contem com campo de observação de que lhes permitam um bom monitoramento e controle do espetáculo esportivo;

c) Sobre a proibição de entrada nos estádios de bandeiras gigantes, lembramos que tal proibição se encontra vigente desde 2014, como consequência dos lamentáveis fatos ocorridos durante uma partida da Libertadores entre San José de Oruro e Corinthians em 2013, quando ao ser levantado um bandeirão por parte da torcida visitante, foi lançado um sinalizador que atingiu o olho de um torcedor (menor de idade), provocando sua morte de maneira instantânea na arquibancada;

d) O Regulamento de Segurança em nenhum momento obriga as torcidas a assistir aos jogos sentados e sem poder levantar, saltar e expressar suas emoções, essas que o próprio futebol desperta. O espírito do Artigo 17 do Regulamento, se refere aos Sistemas de Venda de Entradas, é contar com os elementos apropriados para o controle de entrada, evitando desta forma possíveis superlotação nos estádios, assim como impedir a entrada de pessoas que estejam nas listas de infratores, que já está sendo implementado em vários países sul-americanos;

e) Finalmente, informamos que todas as situações manifestadas anteriormente serão discutidas e esclarecidas nesta segunda-feira (dia 14 de janeiro) e terça-feira (dia 15 de janeiro) no Workshop para os Dirigentes de Segurança dos clubes participantes da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana."

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