Tite deve aceitar oferta da Seleção para tentar repetir Zagallo e Telê

Técnico já recebeu convite da CBF para ficar mais quatro anos no comando e dirigir a Canarinho na Copa do Catar. Apenas lendas conseguiram em dois Mundiais seguidos

Tite
Tite durante a Copa do Mundo na Rússia (Foto: Benjamin Cremel/AFP)

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Tite está inclinado a aceitar a oferta da CBF para dirigir a Seleção Brasileira por mais quatro anos e a tendência é que dê resposta positiva ao convite após um período de descanso no Brasil. Com isso, o técnico sabe que poderá atingir um feito que apenas dois mestres do futebol brasileiro conseguiram: Zagallo e Telê Santana. 

Os dois lendários treinadores foram os únicos a dirigem a Seleção em duas Copas consecutivas. Zagallo foi campeão em 1970 no México e depois foi mantido para ser 4º lugar na Alemanha em 1974. Já Telê dirigiu a inesquecível seleção de 1982 na Espanha, em que caiu na segunda fase para a Itália. Deixou o comando, mas retornou em 1986 no México, onde parou nas quartas de final com derrota para a França nos pênaltis. 

Zagallo é quem mais comandou a Seleção em Copas, com três participações, já que também foi vice em 1998 na França. Além de Telê, Vicente Feola (1958 e 66), Carlos Alberto Parreira (94 e 2006) e Luiz Felipe Scolari (2002 e 2014) vem em seguida, com duas Copas cada. 

Para Tite, dirigir a Seleção é um sonho e poder levar o Brasil ao título, uma obsessão desde que ele assumiu o comando no lugar de Dunga em 2016. Ficou muito satisfeito com o trabalho desenvolvido, apesar da eliminação para a Bélgica, e tem convicção de que, com mais tempo, pode fazer mais. 

As conversas com a CBF sobre renovação começaram antes da Copa, ainda no Brasil, durante a preparação. Seguiram-se na Rússia, sempre comandadas por Rogério Caboclo, futuro presidente da entidade que comanda o futebol brasileiro. Neste sábado, dia seguinte à eliminação da Seleção para a Bélgica, Caboclo oficializou o convite a Tite, informação publicada pela Folha de S. Paulo. 

Uma situação que poderia fazer Tite alterar seus planos de permanecer na Seleção seria uma proposta de um grande clube europeu. Esse também é um dos sonhos de carreira do treinador e ele esperava vencer o Mundial na Rússia para abrir essa porta entre os gigantes. Apesar do fracasso, seu nome foi bem comentado na imprensa internacional, tendo recebido elogios até de Lothar Matthäus, ex-zagueiro campeão do mundo pela Alemanha em 1990. 

No comando da Seleção, Tite disputou 26 jogos, com 20 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas: a da eliminação para a Bélgica (2 a 1) e amistoso para a Argentina (1 a 0). Sofreu apenas oito gols.

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