Carli vê situação dos funcionários como estopim da crise no Botafogo

Zagueiro e capitão do Alvinegro fez pronunciamento ao lado de Gabriel e João para relatar a insatisfação do elenco com os atrasos nos pagamentos e falta de perspectivas no clube

Carli - Botafogo
Carli cobrou providências da diretoria sobre atrasos nos pagamentos (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

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O Botafogo viveu uma tarde agitada nesta quinta-feira. Antes do treino, os zagueiros Joel Carli e Gabriel e o meia João Paulo fizeram um comunicado público de insatisfação com a crise financeira que assola o clube e com os atrasos no pagamento de salários. A situação dos funcionários, segundo o argentino, foi o que motivou que ele e os colegas de time falassem em nome do grupo, cobrando providências da diretoria. Os trabalhadores completaram dois meses sem receber e só não estão em situação pior graças à torcida que se mobilizou e fez uma vaquinha online para quitar as dívidas. 

– A falta de perspectiva, o fato de ser algo muito desorganizado, a situação que estão os funcionários... Somos seres humanos, não máquinas. É o quarto ano que estou no clube e chegar no dia a dia, olhar as matérias de como estão os funcionários é muito difícil. Estamos aqui para dizer que isso não pode acontecer mais – protestou Carli. 

Na quarta temporada no Alvinegro, Carli é o capitão da equipe e uma das referências dentro do grupo pela experiência. Ele agradeceu aos torcedores pelo gesto solidário. O jogador de 32 anos não acredita que o gesto de insatisfação vá prejudicar a vontade do torcedor em apoiar a equipe, no próximo domingo, no duelo contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão. 

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– Nesse momento o torcedor não precisa ser convocado. Eles mesmos desde ontem começaram uma ação para ajudar e, sem dúvida alguma, eles estarão muito perto da gente, como sempre estão. Mesmo com a dificuldade, vão mostrar torcida – completou o capitão.

Diferente do protesto feito antes da pausa para a Copa América, quando deixaram de dar entrevista para a imprensa, desta vez, os jogadores vão continuar falando com jornalistas fora da sala de imprensa. Outros atos de protesto incluem a não participação em ações de marketing e a recusa em expor as marcas que patrocinam o clube.

O Botafogo entra em campo no domingo, quando recebe o Atlético-MG, às 16h (de Brasília), pela 18ª rodada do Brasileirão.

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