Basilashvili e Karatsev negam envolvimento com esquema de corrupção

Tenistas estariam sendo investigado por esquema de venda de resultados para mafia de apostas

Aslan Karatsev brilha diante de Lorenzo Musetti na estreia do Masters de Monte Carlo
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No último final de semana, o meio alemão ZDF publicou a informação de que dois tenistas do top 50, o russo Aslan Karatsev e o georginao Nikoloz Basilashvili estariam sendo investigados por corrupção no tênis, mas negam.

De acordo com a apuração da imprensa alemã, Karastev e Basilashvili teriam sido envolvidos em um esquema de combinação de resultados liderados por um ex-treinador que trabalhou com os dois tenistas em ocasiões diferentes, o bielorrusso Yahor Yatsik. Com Basilashvilli Yatsik trabalhou por cerca de 18 meses a partir do início de 2013. Com Karatsev o trabalho foi mais longevo e foi de 2018 a 2021.

A fonte do ZDF apontou sobre o treinador: "Ele está envolvido em fraudes de apostas há anos, trabalhando com pessoas envolvidas em manipulação de resultados na Rússia e na Europa Oriental" e ainda explicou como o treinador aliciava tenistas.



"Ele sempre tem muito dinheiro com ele, está em turnê e procura jogadores jovens que tenham problemas. Financeiros ou mentais. A quem ele pode facilmente convencer com dinheiro".

A ZDF procurou a Agência Internacional de Integridade no Tênis (ITIA) para comentar o caso, que incluiria ao menos cinco jogos de Karatsev suspeito de corrupção, um deles já denunciado pelo jornal francês L'Equipe, que teria acontecido em Roland Garros 2020, e outra na chave do ATP de Stuttgart, bem como um jogo de duplas de Basilashvili ao lado do moldavo Radu Albot em Wimbledon 2021, mas a entidade independente não comentou.

Vale ressaltar que Albot não está sob suspeita.

Sobre a partida em Stuttgart, que teria sido 'vendida' por Karatsev, Tom Mace diretor de operações da Sportradar - empresa de monitoramento de dados, que é contratada da ATP para monitorar apostas - confirmou que a partida de Karatsev foi investigada pela empresa e que a ITIA foi comunicada, mas que as conclusões do caso não poderiam ser divulgadas em razão do contrato com a ATP.

O meio alemão, ainda pontua que apesar de não comentar o assunto, a ITIA baniu pela vida a ex-tenista russa Sofia Dmitrieva, que é ex-namorada de Karatsev.

A mídia russa garante que Basilashvili ainda é investigado pela ITIA, o que não seria o caso de Karatsev.

O tenista russo chegou a dar uma entrevista à ZDF, mas retirou suas declarações antes da publicação da reportagem.

Procurado pela imprensa russa, karatsev deu uma declaraçãoa o site Metaratings.ru: "Eu nunca ouvi nada sobre isso. Eu não sei do que você está falando".



O pai do tenista, Kazbek Karatsev, confirmou a outro meio russo, o RIA Sport, que sabia da investigação contra o ex-treinador do filho: "Esta é a primeira vez que ouço sobre isso. Simplesmente não pode ser. Eu sei que Yatsyuk já era suspeito de corrupção (por combinação de resultados) em 2020. Mas o que Aslan tem a ver com isso? Eles não estão trabalhando juntos há mais de um ano. Não sei nem de onde pôde vir essa informação, eu mesmo estou curioso. Talvez algum tipo de provocação. Mas Aslan é muito calmo, não incomoda ninguém", declarou o pai que disse que não falou com o filho sobre o assunto.

Basilashvili falou ao site georgiano Europop, e classificou a reportagem como 'bobagem': "E eu devo comentar sobre essa bobagem? Quantas vezes eles escreveram essas coisas sobre mim, eu já fui condenado? Aquele que ganhou o julgamento se levanta e escreve absurdo para as páginas russas, então, essas páginas pegam essa informação e a espalham para que ela possa ser vista", disparou.

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