Lenda do judô, francês perde invencibilidade de quase 10 anos

Em casa, bicampeão olímpico Teddy Riner é derrotado pelo japonês Kokoro Kageura nas oitavas de final do Grand Slam de Paris. Ele não sofria um revés desde setembro de 2010

Teddy Riner
Teddy Riner perdeu para o japonês Kokoro Kageura na semifinal do Grand Slam de Paris (Foto: AFP)

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A invencibilidade de 154 lutas do judoca francês Teddy Riner terminou após quase dez anos. Neste domingo, o bicampeão olímpico e nove vezes campeão mundial perdeu para o japonês Kokoro Kageura nas oitavas de final da categoria acima de 100 kg do Grand Slam de Paris, para espanto do público de quase 20 mil pessoas.

A última derrota do atleta, considerado uma lenda do esporte mundial, havia acontecido no dia 13 de setembro de 2010, contra o também japonês Daiki Kamikawa, na final do Mundial Absoluto em Tóquio, no Japão, em uma polêmica decisão da arbitragem.

Riner iniciou o Grand Slam de Paris com vitória por ippon sobre o húngaro Richard Sipocz. Em seguida, aplicou novamente um golpe perfeito sobre o austríaco Stephan Hegyi. Décimo colocado no ranking mundial, Kageura, de 24 anos, deu mais trabalho e a luta terminou empatada no tempo normal. Após 40 segundos no golden score, o asiático aplicou um waza-ari e calou a fanática torcida francesa.

– Saudações a todos, eu estou desolado com esse dia, mas, vamos lá, o meu objetivo é ganhar os Jogos Olímpicos de Tóquio – declarou Riner em um vídeo.

Aos 30 anos, o francês procurou se poupar de competições nos últimos anos, em razão de problemas físicos. Após levar o ouro no Grand Prix de Budapeste, no final de 2017, ele passou mais de um ano fora dos tatames e só retornou em julho de 2019, com o ouro no Grand Prix de Montreal.

No fim do ano passado, ainda foi ao topo do pódio no Grand Slam de Brasília. Na ocasião, enfrentou Kageura na estreia e o japonês impôs muitas dificuldades ao gigante de 2,04m. A vitória foi decidida no golden score. 

O japonês vem sendo considerado uma aposta em seu país. Em 2018, ele venceu o Grand Slam de Paris e foi bronze na edição do ano passado. Apesar disso, o atleta ainda trava uma dura disputa pela vaga em Tóquio com Hisayoshi Harasawa, atual número 2 do mundo na categoria. 

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