Brasileira busca Top-3 em ultramaratona e diz: ‘Muito difícil’

Única latino-americana a conquistar quatro pódios na Ultra Trail du Mont Blanc (UTMB), Fernanda Maciel atravessará três países em busca de novo título<br>

Brasileira busca ser Top3 em ultramaratona
Fernanda Maciel busca TOP-3 em ultramaratona (Foto: Divulgação)

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Aos 38 anos, Fernanda Maciel é uma referência no mundo em corridas de longas distâncias. Ela já bateu recordes no Aconcágua e no Kilimanjaro, e conseguiu por duas vezes o pódio na Marathon des Sables, uma prova extenuante de 250 km no deserto do Saara. Mesmo com todo esse currículo, a atleta ressalta o fato de a UTMB ser uma das piores provas que irá encarar.

- Essa é uma corrida muito técnica, muito difícil, e que cada segundo conta. Não existe parar. Eu conto os mililitros de água que bebo. Para se ter uma ideia, eu paro uma vez em toda a corrida para ir ao banheiro. Como o nível dos competidores é muito alto, um minuto influencia muito. Por exemplo: 15 minutos podem significar quatro posições que perdemos no ranking. Então, mesmo com toda a estrutura que se tem para comer e dormir, nós da elite não podemos nos dar ao luxo de descansar um pouco. A pressão é enorme e precisamos ter 100% de foco em nosso objetivo - explicou Fernanda.

Para a corredora, ir bem no UTMB é essencial para se manter entre as primeiras colocações do ranking mundial. Essa é uma prova com uma alta pontuação e, justamente por esse fato, foi escolhida por Fernanda.

- Eu tenho uma predisposição física boa para provas com distâncias acima dos 100 km e que duram mais de 24 horas. Já tenho experiência nessas provas longas, e isso me ajuda a ter uma vantagem com relação às outras corredoras. Como essa corrida tem uma pontuação alta, conseguir uma boa colocação nela me dá grandes chances de terminar o ano no top 3 do ranking mundial - reforçou.

Para conquistar seu objetivo, além de muito treino e preparação – faz dois meses que ela já está na região, treinando mais de oito horas por dia – Maciel espera contar com a ajuda do clima. Em 2017, o forte frio e a nevasca à noite prejudicaram sua visão, ocasionando um fenômeno conhecido como snowblind.

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