Em casa, natação do Brasil ganha mais medalhas, mas ouros diminuem

Delegação brasileira levou quatro ouros, com Daniel Dias. China e Ucrânia atrapalharam

Daniel Dias
Cleber Mendes/MPIX/CPB

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Chegaram ao fim na noite deste sábado as provas de natação dos Jogos Paralímpicos Rio-2016. O desempenho brasileiro, no entanto, não alcançou o nível esperado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, já que o país, apesar de ter faturado mais medalhas, teve queda de números de medalhas de ouro, o que impactou no quadro de medalhas e no alcance do desejado quinto no lugar na Paralimpíada.

A natação brasileira na competição em casa teve quatro ouros (todos com Daniel Dias), sete pratas e oito bronzes, totalizando 19 medalhas em 2016.

Levaram prata Daniel Dias, André Brasil, Phelipe Rodrigues, Carlos Farrenberg, Joana Silva, além dos revezamentos 4x100m 34 pontos e 4x50 20 pontos. Os oito bronzes foram de Italo Pereira, André Brasil, Phelipe Rodrigues, Talisson Glock, Matheus Souza, Daniel Dias e Joana Silva, além do revezamento 4x100m medley.

Em 2012, a delegação brasileira faturou 14 medalhas na natação, mas se repetisse a campanha de Londres - nove ouros - o Brasil teria uma posição melhor no quadro de medalhas no Rio.

Contando apenas as provas de natação, o Brasil ficou na nona colocação do quadro de medalhas. Os países que mais atrapalharam o Brasil foram China, Ucrânia e Estados Unidos. Chineses e ucranianos, com 37 e 25 ouros, respectivamente, dominaram a modalidade.

O chinês Li Junsheng, de apenas 16 anos, desbancou Daniel Dias nos 100m peito. Nos 50m borboleta, Daniel ainda foi superado não só pelo chinês He Shiwei como também pelo americano Roy Perkins. Já os ucranianos foram uma dor de cabeça constante para André Brasil e Phelipe Rodrigues na classe S10. Quando não era Denys Dubrov, aparecia Max Krypak. Eles dividiram o domínio, fazendo com que o Brasil terminasse sem ouros na classe.

- Não esperávamos diferente de uma Paralimpíada, seria muito forte. Mas o Brasil se preparou da melhor maneira possível. Muitos melhoraram as marcas pessoais, mas o mundo é muito grande. Vieram surpresas, tiraram medalhas nossas. Tínhamos a previsão do quinto lugar no quadro geral. Mas o mundo evoluiu, o esporte paralímpico brasileiro também. Na natação, acabamos perdendo algumas. Mas acredito que o balanço geral é positivo - disse o nadador Clodoaldo Silva, que se despediu da carreira com uma prata no revezamento.

Em Londres, foram nove ouros na natação brasileira, sendo seis com Daniel Dias (100m peito, 50m costas, 50m borboleta e 50m, 100m e 200m livres, classe S5) e três com André Brasil (100m borboleta e 50m e 100m livres). Quatro foram de prata, com André Brasil (100m costas e 200m medley, classe S10), Edênia Garcia (50m costas, classe S4) e Phelipe Rodrigues (100m livre, classe S10). Houve ainda um bronze com Joana Silva (50m borboleta, classe S5).

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