Indústria usa os Jogos Paralímpicos como laboratório para aprimorar próteses
A tecnologia e a ciência continuam aprimorando cada caso

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O desempenho de atletas paralímpicos não é apenas fruto de treinamento, mas de uma ligação entre o corpo humano e a engenharia de ponta. Nas últimas décadas, a evolução das próteses saiu da mera função estética para se tornar uma tecnologia de alto rendimento, redefinindo o que é possível dentro do esporte.
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João Batista Carvalho e Silva, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), apresentou durante a Expo Brasil paralímpica, a primeira prótese utilizada em Jogos, por Ricardo Inácio no salto em distância.
— Até 1992, brasileiros não participavam de Paralimpíadas se não fosse através de uma cadeira de rodas, porque a gente não tinha próteses no Brasil. As indústrias de próteses se aproveitam dos Jogos Paralímpicos para melhorar o seu equipamento, usando os próprios atletas para melhorar — explicou.
A primeira prótese utilizada em Jogos Paralímpicos pesava 10kg e era feita de madeira. Trinta e três anos depois, as próteses têm, no máximo, 1,5kg.
O marco da revolução protética foi a introdução da fibra de carbono no design esportivo, trazendo um material leve, resistente e altamente flexível, originalmente desenvolvido para as indústrias aeroespacial e automotiva.
O modelo mais emblemático dessa transformação é o "Flex-Foot Cheetah" (Pé de Guepardo), uma prótese em formato de "J" ou "C" invertido, popularizada por velocistas como o sul-africano Oscar Pistorius.
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Polêmica Envolvendo Próteses
A modernização das próteses gerou discussões sobre a possível "vantagem tecnológica", mas o consenso é que o avanço beneficia a todos. João Batista acredita que isso ainda está sendo estudado e que os resultados continuam em aberto.
— É uma discussão para a ciência, né? Eles têm que estudar para ver mesmo, né? Como que é, como que funciona. Sim, a biomecânica é o que vai dizer.
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